segunda-feira, outubro 07, 2013

O QUE É SER "BOM"

Pai e três filhos homens. Cada qual com sua personalidade, seu temperamento. Frutos de uma mesma árvore. Cada um com seu destino. Cada um com sua 'sorte'.
 
 
   O QUE É SER “BOM”
 
   Sujeito bom não existe, não o que seja completamente bom. O mesmo pode-se dizer dos maus. Todo mundo é meio bom e meio mau. O Capeta aconselha, por mais estranho que possa parecer, que sejamos mais cuidadosos com os bons. Com os maus, sempre estamos prevenidos, sabemos o que esperar deles. As melhores pessoas são as que ‘administram’ com eficiência suas boas e más tendências; as que se situam no meio-termo, entendeu!?
 
   Tá bom, os psicopatas são a grande exceção. Esses caras ultrapassam a fronteira entre o egoísmo ‘normal’ e o ‘sem limites’. São, como direi?, uma espécie de terceira via da humanidade. Não possuem o tal ‘livre arbítrio”. Nascem assim, e aperfeiçoam-se durante a vida. Não vou falar sobre esses.
 
   Voltando aos normais, minha teoria é que a vida, a educação, os exemplos familiares, as decepções, a sociedade em que vivem, contribuem para determinar qual lado (bom ou mal) vai ser preponderante na sua personalidade. É óbvio que não é tão simples assim. Sabemos que nem toda fagulha provoca um incêncio – mas pode provocar.
   O Michael Corleone era bom, até que a tragédia se abateu sobre sua família. Provocados, todos nós somos capazes de fazer coisas inimagináveis. Conheci sujeitos maus que, sentindo a proximidade da morte, tornaram-se bons – quero dizer, seu lado bom falou mais alto. O contrário também acontece com frequência.
 
   Sou um apologista do acaso, da sorte e do azar, do inesperado, do imponderável. Tudo na vida depende desses fatores. Podemos não prestar muita atenção, mas eles decidem o que vamos ser, ou como vamos agir. Os que têm alguma crença religiosa – a maioria – atribuem os acontecimentos à vontade do seu Deus. Existe estupidez maior?
   

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