MAMÃES SEM QUEIXAS
Não estou mentindo: elas existem. Não se
sentem sós, nem abandonadas, e estão sempre exercendo a atividade que mais as
deixa felizes: pôr seu rebento no colinho e ficar dando e recebendo carinho. É
a vida dos sonhos de toda mamãe.
Mas não pense que qualquer filho
proporciona-lhes essa felicidade quase completa. Uma pré-condição, entretanto,
faz-se necessária para esse ‘estado de felicidade’ permanente: o filho amado
precisa ser gay.
Freud deve ter uma explicação convincente para
que esse relacionamento quase edipiano aconteça. Eu tenho a minha – explicação,
bem entendido: Mães e bibas são seres extremamente egoístas. Logo, um percebe
que vai precisar muito do outro, para todo o sempre, etc.etc.etc. O mesmo
acontece com o outro. A isso chamamos de “amor verdadeiro” (Sic).
Alguns estudiosos concluíram que nenhum
casamento pode ser realmente feliz, talvez por que a felicidade não seja da
maneira que imaginamos. Até mesmo quando o sexo foi ‘mais ou menos bom’ durante
um tempo, ele depois ficou ruim, desagradável até. Mamães e suas bichinhas não
têm essa preocupação.
Acredito que elas fantasiem sobre como deve
ser o ato sexual dos filhotes, e até mesmo sintam algum gozo nisso, mas não
posso garantir, já que nunca fui mãe e nenhuma me fez confidências desse tipo.
Outra coisa é que mãe de biba consegue ver
seu companheiro como um outro filho, que a trata como se realmente fosse. É
estranho o mundo gay. Se ele fosse casado com uma mulher, ela (a mulherzinha
insuportável) seria sua eterna concorrente. Viveriam, na melhor das hipóteses,
uma guerra surda. Muitas vezes barulhenta.
Um conselho do Capeta: Se quiser fazer a sua
mamãe verdadeiramente feliz, não importa o quanto você goste de mulher; mude de
time e leve um homem para sua casa.
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