segunda-feira, novembro 05, 2012

AS MORTES EM SÃO PAULO

Policial bandido deve pegar cadeia, mesmo depois de expulso da corporação. Nas polícias, só os bons devem ficar.




     POLÍCIA MILITAR

 
     Há coisas que acontecem e os governos fingem não saber o motivo. Em São Paulo há uma escalada de violência que ainda (vamos aproveitar o ‘ainda’) choca as pessoas. Se não houver um basta, logo será como a roubalheira dos políticos, que parece uma coisa natural com que temos de conviver e aceitar. Tanto isso é verdade que o povo (no Brasil inteiro, diga-se) costuma eleger corruptos e criminosos como seus representantes.
     Os crimes da moda em São Paulo são os assassinatos e os arrastões em restaurantes. No caso dos assassinatos, destacamos o impressionante número de policiais mortos, executados quando não estão de serviço, na porta de suas casas e na frente das próprias famílias.
     De nada vai adiantar o envio de tropas federais para a cidade. A causa é outra. É a corrupção policial. A participação de policiais em milícias. A sumária execução, por policiais, de bandidos e mesmo de não bandidos. A população até aplaude quando um marginal é executado. Não deveria. Quem executa bandido é igual a ele.
     Todo mundo sabe que muitos policiais - sem dúvida mal pagos - trabalham para o crime, cometem crimes, e não passam de marginais fardados – o que é um agravante. Isso nunca vai acabar, mas pode ser reduzido a níveis diminutos, quase imperceptíveis. Os que são sócios de criminosos deverão ser expulsos e condenados com mais severidade.
     Outro detalhe importante é a falta de preparo das polícias, que, pelo que observamos, raramente sabem se conduzir numa situação crítica. São mal pagos e mal formados. Todo policial deveria ser submetido a testes psicológicos rigorosos antes de entrar para a corporação.
     Quando marginais são expulsos de um bairro da comunidade, sem dúvida irão procurar outro para se estabelecer. Há localidades que são as mais prováveis candidatas a receber essa gente, e caberia à inteligência dos serviços de segurança tentar evitar o êxodo. Mas essa preocupação parece não existir, já que não funciona.
     Não convém esquecer que “O exemplo vem de cima”

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