domingo, abril 22, 2012

SER OU NÃO SER

DIVAGAÇÕES FILOSÓFICAS
   Os pontos de vista sobre o que é melhor - ser ou parecer - são cada vez menos consensuais. A sociedade, assim como as religiões, segmenta-se em 'tribos' cada dia mais numerosas. Ser e parecer deveriam caminhar juntos. A consequência direta desse comportamento é que fica difícil conhecer o caráter, a personalidade, ou as intenções de alguém. Foi então que surgiu o provérbio popular “Nem tudo que parece, é”.
   Mulheres que parecem putas, muitas das vezes, não passam de esbanjadoras de sensualidade; outras, consideradas ‘damas impolutas’, não passam de simples putas. Cunhou-se, nos últimos anos, a expressão “saindo do armário”, que, na prática, define um comportamento de alguém que fingia ser diferente do que realmente é. No meu tempo, quem saía do armário era o amante da mulher casada que nele (no armário) se escondia quando o marido voltava para casa mais cedo. Tinha que ficar lá, quietinho, até... Bem, não importa.
   'Parecer', quase sempre, é melhor do que 'ser'. A prova disso é que quase todo mundo se esforça para mostra qualidades que não possui. A enganação é generalizada. Resumo da ópera: vivemos enganando e sendo enganados. Tudo não passa de ilusão de ótica. Até mesmo o ‘cara’ que se escondeu no armário pode não ter nada com sua mulher; quem sabe foi um ladrão que não pôde sair porque chegou gente?

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