DUAS
NAÇÕES SEM NOÇÃO
São admiráveis esses ingleses. A Europa está
afundando. Governos caem todos os dias. E qual a maior preocupação deles? Ficam
vigiando e torcendo para o príncipe William pegar a duquesa Kate de jeito e
faça a moça engravidar. No país das apostas, onde a vida é como se fosse uma
corrida de cavalos, a maior dúvida é se quando a criança nascer – presumindo
que virá uma criança -, o futuro rei ainda terá algum fio de cabelo na cabeça.
Estão pagando 20 por 1. Problemão.
Já o pai do príncipe, que também é príncipe faz muito tempo, fica
torcendo para que sua mãezinha seja chamada por Deus antes que ele fique gagá.
Mas essa rainha é dura na queda e, pelo andar da carruagem real, pretende
reinar mesmo depois de morta e embalsamada. Ela decidiu que Camila Parker (nada
a ver com as canetas) Bowles não sentará no trono inglês ‘de jeito e maneira’.
Deve ser moleza governar um povo que só pensa naquilo que pode resultar num
herdeiro do reino.
No Brasil, temos atualmente três reis, de
modo que nosso problema é inverso. Qual tomará posse? Há o rei Roberto Carlos,
o rei Pelé, e o rei Luiz Inácio. A preferência popular está dividida. Pelé
seria escolhido por São Paulo; Luiz Inácio pelos nordestinos e nortistas; e Roberto
Carlos pelo resto do Brasil. Acho bom os ‘meninos’ se apressarem, porque do
jeito que as coisas estão acontecendo, um novo rei está chegando: Eike Batista
é o nome desse moço esforçado, que começou do nada e é um dos homens mais ricos
do mundo. Como o leitor pode ver, a Inglaterra tem dois problemas, enquanto o
Brasil tem quatro.
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