segunda-feira, abril 30, 2012


   HITLER IRRESISTÍVEL



     Fazia uma leitura rápida numa dessas revistas semanais de circulação nacional quando me detive na lista de livros mais vendidos. Pura bisbilhotice, pois não confio – nem desconfio – totalmente nessa coisa de “os dez mais”. Tudo, nos dias de hoje, é muito comercial. Nada se faz se não houver alguém ganhando algum. Entretanto, uma curiosidade chamou minha atenção: é raro, nos últimos tempos, que não haja algum livro ou revista sobre Hitler nas paradas. O que será que, depois de mais de sessenta anos, esse cara tem de tão atraente a ponto de fazer tanta gente querer saber sobre ele? Nem o charme de John Kennedy é capaz de tal proeza. Nem mesmo Albert Sabin, que varreu a poliomielite do planeta.

   Depois de matutar um pouco, decidi fazer algumas especulações sobre o fenômeno. Sim, o Adolfo continua a despertar paixões, prós e contras. Uma primeira idéia que me ocorreu foi que os judeus continuam no firme propósito de não permitir que o cara seja esquecido. Particularmente, acho que eles têm motivos. Para eles, o Adolfo não era ‘flor que se cheire’. Uma segunda hipótese me veio à cabeça: ‘o ser humano se delicia ao saber detalhes sobre crimes, tragédias e desgraças’. A queda dos czares, a guilhotina que cortou as cabeças da família real francesa, o assassinato de presidentes americanos, os desmandos de Átila, e até as grandes tragédias da literatura – de Sófocles a Shakespeare -, se não são as mais lidas, são as que fazem sucesso no cinema e as mais citadas. As previsões maravilhosas da ficção de Júlio Verne perdem longe para as profecias dos desastres escritas por Nostradamus.

   O Adolfo já deveria ser apenas história. Mas judeus financiam filmes, livros, jornais, programas de televisão, tudo enfim, para que o homem seja sempre lembrado. Isso torna Hitler mais 'perigoso', pois sempre há os simpatizantes. Um amigo judeu – grande amigo, por sinal – me disse que compreendia uma razão da perseguição do seu povo pelo ditador alemão: "Hitler precisava de dinheiro, a Alemanha estava vivendo a maior hiperinflação da história da humanidade. Assim, ele foi buscar o que precisava com quem tinha". Isso de buscar com quem tem é um comportamento que ocorre até hoje. Ou você não acredita que os petrodólares foram a principal razão das intervenções militares americanas no oriente médio? E que nessas guerras foram cometidas atrocidade? Se você falar bem ou mal de alguém, sempre haverá quem discorde.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário