segunda-feira, abril 09, 2012

ASCENSÃO DA CLASSE SEM CLASSE


   NÃO SE FAZ MAIS...
   Alta sociedade como antigamente. Em tempos idos, verdade seja dita, não havia santos, mas... Pelo menos sabiam se comportar em público. Uso a palavra ‘comportar’ no mais amplo sentido, que vai da mesa à cama - passando por roupas, linguajar, elegância gestual, tom de voz adequado ao ambiente, cultura geral, etc.. Resumindo: havia mais classe.
   Ter dinheiro era importante, mas berço era mais. Berço valia como se fosse um título de nobreza. A democratização do capital deu acesso ao meio VIP - com a ascensão de pessoas sem ‘pedigree’ que só fazem esbanjar milhões - a todos os tipos de ‘celebridades’, desde jogadores de futebol a artistas que foram criados no... Esqueci o que ia escrever.
   Como eu sei disso? Eu vivi esse tempo. Quando sinto a saudade bater à porta, fico trancado no quarto bendizendo a invenção do computador pessoal e da internet, onde a gente se pluga quando têm vontade e sai quando quer, sem precisar explicar o motivo. Hoje ficamos bem informados sem precisar pôr o nariz fora de casa. O progresso trouxe muita porcaria, mas deu-nos as ferramentas para fugirmos dela. Danuza Leão, que foi poderosa algumas décadas atrás, deve saber do que estou falando.
   Um ministro de estado tinha alguma educação e jamais diria que ama a presidente. Hoje em dia, ministros parecem ratos saídos de esgotos. Decaímos até na ocupação do mais importante cargo público do país: a presidência da república. Atualmente, qualquer semi-analfabeto chega lá, cria neologismos, modifica para pior a língua pátria, e seu ministro da educação imprime cartilhas ensinando que falar errado é certo. Falta compostura, educação, competência...  Falta tudo.

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