NÃO SE FAZ MAIS...
Alta sociedade como
antigamente. Em tempos idos, verdade seja dita, não havia santos, mas... Pelo
menos sabiam se comportar em público. Uso a palavra ‘comportar’ no mais amplo
sentido, que vai da mesa à cama - passando por roupas, linguajar, elegância
gestual, tom de voz adequado ao ambiente, cultura geral, etc.. Resumindo: havia
mais classe.
Ter dinheiro era
importante, mas berço era mais. Berço valia como se fosse um título de nobreza.
A democratização do capital deu acesso ao meio VIP - com a ascensão de pessoas sem
‘pedigree’ que só fazem esbanjar milhões - a todos os tipos de ‘celebridades’,
desde jogadores de futebol a artistas que foram criados no... Esqueci o que ia
escrever.
Como eu sei disso? Eu vivi esse tempo.
Quando sinto a saudade bater à porta, fico trancado no quarto bendizendo a
invenção do computador pessoal e da internet, onde a gente se pluga quando têm
vontade e sai quando quer, sem precisar explicar o motivo. Hoje ficamos bem
informados sem precisar pôr o nariz fora de casa. O progresso trouxe muita
porcaria, mas deu-nos as ferramentas para fugirmos dela. Danuza Leão, que foi
poderosa algumas décadas atrás, deve saber do que estou falando.
Um ministro de estado tinha alguma educação e jamais
diria que ama a presidente. Hoje em dia, ministros parecem ratos saídos de
esgotos. Decaímos até na ocupação do mais importante cargo público do país: a
presidência da república. Atualmente, qualquer semi-analfabeto chega lá, cria
neologismos, modifica para pior a língua pátria, e seu ministro da educação
imprime cartilhas ensinando que falar errado é certo. Falta compostura,
educação, competência... Falta tudo.
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