Na hora certa, todo especialista é bem vindo. Veja o exemplo da foto ao lado.
ESPECIALIDADES
- Cara,
como a língua pátria tem sido mal tratada!
- Tá
falando do quê?
- Esses
candidatos... Nenhum sabe falar português. O Lula a gente até entende, mas a
Dilma... A desculpa para isso é que “a língua é viva”, difícil de acompanhar a
evolução.
- Aqui tudo
é possível. Lembra do ‘caso’ da Estácio de Sá, que aprovou, no vestibular, um
analfabeto?
- Verdade!
Nem assim perdeu alunos. O pessoal só quer saber do diploma.
- Estamos
na ‘era das especialidades’. Tudo mudou. Antigamente, um advogado era um
advogado; qualquer deles resolveria o seu problema; hoje você tem que escolher,
dependendo do caso: pode ser um tributarista, ou algum da área civil, para
sacanear seu cônjuge.
- Médico
então... E dentista – desde que nasci só tive um, que fazia tudo; agora, para o
mesmo problema (falo do mesmo dente), precisa pagar 3 especialistas.
- Até pro
sujeito se aposentar é preciso um advogado. Parece praga. E é.
- O nosso
idioma é falado diferente, conforme a tribo. Policiais e bandidos falam
palavras que só eles entendem. Juristas não falam português, falam
‘juridiquês’.
- Fresco!
- Não
entendi...
- Lembrei
de fresco, palavra que servia para definir a opção sexual de alguns homens.
Atualmente, até mesmo isso mudou de nome, e cada veado têm sua especialidade,
sua tribo. Tem coisa que nem sei pra que serve – ou o que é.
- Cada um
desses ainda fica aborrecido se não for tratado pelo nome certo. Mas como vamos
saber? Só fazendo um curso. Como se não bastassem os gays, que no início
abrangiam todas as categorias. A última novidade são os ‘goys’; esses são uma
complicação: eles são mas, ao mesmo tempo, não são.
- Mas o quê
você quer? Até as empregadas domésticas estão subdivididas. Uma é cozinheira,
outra arrumadeira, outra é babá, etc.
- No meu
tempo, elas eram ‘multifuncionais’, faziam de tudo.
- Eram como
‘da família’. Foi uma época de muito incesto. Meu pai frequentava sempre o
quartinho dos fundos. Quando a criança nascia, virava logo afilhado.
- E o
respeito? Era bom e existia. Era um tal de “mais depressa, doutor”, ou “não
pare, patrãozinho, por favor”.
- Era assim
mesmo! Dá até saudade... Bons tempos...
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