segunda-feira, maio 19, 2014

GUERRA É GUERRA

Não é praga, é apenas uma premonição baseada na realidade. Dessa ninguém escapa.
 
 
 
 
  TODA CONVERSA É UMA BATALHA
 
  Mas é preciso saber distinguir que tipo de batalha você vai travar. Algumas são decisivas para vencer ou perder a guerra. Outras podem dar uma pequena vantagem – ou desvantagem. Todos os diálogos são cheios de armadilhas, o que é natural em se tratando de seres humanos. Por isso precisamos dosar bem cada mentira que contamos. E as que ouvimos. Ou você não sabia que num papo, mesmo que seja um papo amistoso, ambos os interlocutores contam uma mentira (ou exagero) a cada 5 ou 10 minutos?
 
  Porquê acontece assim? É a lei da sobrevivência, onde o nosso instinto animal tenta sobrepujar o ‘adversário’. Mas e se for apenas uma conversa descontraída entre amigos? Não existem amigos. Temos que tentar – é o mínimo – ser ou mostrar que somos melhores que nosso “amigo”. Não esqueça que os homens são vaidosos – e aí entenda homens como homens e mulheres. O gênero não importa. Cada um luta com suas próprias armas.
 
  Desde quando somos desse jeito? Desde que nascemos. Até o mais tenro bebê é malandro, e tenta enganar você para obter alguma coisa. Os bebês podem ser muito fofos, mas não passam de velhos marotos. Todos nascemos com a malícia impregnada em nosso sangue. É o DNA.
 
  É fácil ‘duelar’ com pessoas amistosas, e com as que tratamos de negócios. O mais difícil é conversar amigavelmente com o/a ex. São adversários que sentem prazer em nos aniquilar, provar a nossa culpa. Que culpa? Culpa por tudo – afinal você não foi sempre um ex.
  Culpa que você desconhecia, mas que vai desde a má educação dos filhos, ao fim da relação. Nesse aspecto, as mulheres são imbatíveis. A chance do homem não perder é fazer como o Dunga: jogue na defesa. Ex se lembra de tudo, com dia, hora e ano. Mas atenção: a memória dela só funciona se for ‘conveniente’.
 
  Tenho a obrigação moral de fazer algumas recomendações aos desavisados e distraídos. Nunca fique distraído – esteja atento para a cilada que ela está aprontando. Ela dá dicas e é preciso observar bem para o rumo da conversa.
 
Outra coisa é não permitir, de jeito algum, que ela conheça e fale com sua atual. Mesmo ao dizer que não, é tudo que ela quer para acabar com você. Delicadamente, é claro. Ah, se estiver casado com outra (todo homem é propenso a repetir os erros), a ex não pode ter o número do telefone da sua casa: ela só pode ter o seu celular, que você deverá desligar quando estiver no novo e provisório lar. Perdoe-me pela crueldade da palavra ‘provisório’.
 
  Bem, não esqueça de sempre ‘viajar’ em datas importantes, tipo natal, ano novo e aniversários (falo do seu e o da maldita). Entenda: não pode dar oportunidade para visitas ou conversas amigáveis. Em último caso, use a cabeça e se hospede num maravilhoso hotel na sua própria cidade; passe lá dois dias e volte como se tivesse dado um pulo até Lisboa, que deve estar como sempre foi – repleta de portugueses.

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