terça-feira, maio 13, 2014

QUEM MENTE MAIS?

Espertas, as mulheres descobriram, faz tempo, a verdade contida no provérbio que diz "Cria fama e deita-te na cama".


   ELA DISSE, ELE DISSE
 
  Complicado mesmo é alguém tentar entender quando um casal conta uma história qualquer, especialmente algo que aconteceu com eles – ou entre eles. Não deveria ser assim, mas é inevitável que a pessoa que ouve pense que são duas narrativas distintas, onde apenas o começo é o mesmo.
 
  Se for uma briga, passarão a sensação que não se trata da mesma briga; os motivos de cada um são tão diferentes... Mas outra coisa se repete: ao final, eles ficarão com o papel dos vilões, elas, das vítimas de um ‘homo erectus’, um brutamontes – que foi sempre o que elas, no fundo, quiseram. O problema é que, com o tempo, eles aprenderam e evoluíram para o ‘homo sapiens’, que não são os erectus. Pelo menos não mais com elas, só com as outras, que até podem ser suas amigas ou cunhadas.
 
  preste atenção, os argumentos do ‘homo sapiens’ são... Não são! Eles nunca conseguem falar, elas não permitem. Acho que é por isso que os juízes que decidem sobre divórcios têm cara de idiotas. Esses caras nunca se divorciam. Eles sabem como a banda toca. Creio que o fato de eles permanecerem casados para sempre torna-os vingativos e sempre massacram os homens. Não querem ver os seus iguais felizes.
 
  Daí vem a sabedoria de quem evita trepadas que podem sair caro. Muito caro. Perguntem para o Mick Jagger, ou para o Alexandre Pato. Certos buracos estão mais para crateras. Meter ou não meter, eis a questão.
  Se a narrativa for ‘about’ sexo – falo de transa entre os dois, aí mesmo é que você vai achar que eles se atrapalharam e estão contando como foi com seus amantes. Nada bate na história. Ele jura que ela gozava feito uma louca. Ela garante que “não foi nada disso”, que ele não entende da coisa.
 
  Conclusão: só é feliz o casamento movido por grandes interesses, mas tem que ser de ambas as partes. Conheci um casal muito simpático e educado. Ela tinha um caso com o então presidente JK; ele sabia de tudo, mas tinha sua vida financeira facilitada; ah, e também tinha uma (ou várias) amante. Eram felicíssimos, quero dizer, foram, até terminar o mandato presidencial.
 
  Moral desta crônica: Tudo é imoral.

Nenhum comentário:

Postar um comentário