NOSSO ESTRANHO GOSTO
Você já se perguntou porque se sente atraído
por certas notícias que não têm a menor importância? Não é fácil responder, mas
uma coisa é verdade: notícias idiotas, de mau gosto, ou estúpidas nos atraem.
Geralmente perdemos tempo com elas.
Posso dar vários exemplos. Algumas manchetes
não deveriam ser manchetes. “Lutador deixa ringue com o rosto deformado”; “O
discurso do Lula (ou da Dilma)...”; “Israel lança mísseis contra palestinos”;
“Estamos assistindo uma nova guerra fria?”; “Médico mata e esquarteja a
namorada”; “Kin Jon-un ameaça o ocidente”; “Jogou água fervendo no marido
enquanto dormia”; “O Papa disse ou deixou de dizer...”.
Deu para perceber? Esses tipos de notícias
não acrescentam ou mudam coisa alguma. Então por que perdemos tempo com elas? Cada
especialista tem sua explicação para o fenômeno.
Antropólogos, sociólogos, cientistas sociais
e políticos e psicólogos procuram uma razão para cada coisa que acontece. Esses
caras estudam o comportamento social e garantem que estamos evoluindo. Será
mesmo? A mim parece que vivemos em ciclos onde, quando uma forma de agir
torna-se repetitiva, voltamos no tempo e retornam ideias e costumes que foram
abominados e abandonados.
Mas há um problema que impede uma conclusão
acertada e definitiva. Nos diversos pontos do planeta adota-se a moral local, a
‘normalidade’ como é vista por cada povo. Os americanos, por exemplo, são
permissivos – desde que suas estripulias não sejam descobertas. Para os árabes,
a mulher é um ser de 2ª classe – será que não é? Judeus são fanáticos e só amam
o dinheiro. Brasileiros só pensam ‘naquilo’. Indianos são politeístas, e
possuem mais de 300 mil religiões e ‘apenas’ 4 castas.
Conclusão: nunca vamos evoluir de maneira
uniforme. Alguns povos retrocedem – quero dizer que trazem o passado primitivo
de volta, preferencialmente em nome de Deus. Uma coisa que impressiona é que o
mesmo povo comporta-se de maneira diferente, dependendo de onde reside: na
capital ou no interior. Uma prova disso é a moda de vestir. Já ‘inventamos’
sandálias imitando os romanos do tempo do império, aquelas do tipo escrava. E o
tal modelo ‘vintage’?
A única certeza é que, apesar de termos medo
de mudanças, adoramos uma ‘novidade’ – de preferência lançada por outros mais
arrojados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário