terça-feira, maio 20, 2014

É IMPORTANTE ESTAR NA MODA

O 'delicado' sapatinho da esquerda é apreciado por mulheres que seguem a moda, por pior que seja. Quanto mais animal, melhor.



  NOSSO ESTRANHO GOSTO
 
  Você já se perguntou porque se sente atraído por certas notícias que não têm a menor importância? Não é fácil responder, mas uma coisa é verdade: notícias idiotas, de mau gosto, ou estúpidas nos atraem. Geralmente perdemos tempo com elas.
 
  Posso dar vários exemplos. Algumas manchetes não deveriam ser manchetes. “Lutador deixa ringue com o rosto deformado”; “O discurso do Lula (ou da Dilma)...”; “Israel lança mísseis contra palestinos”; “Estamos assistindo uma nova guerra fria?”; “Médico mata e esquarteja a namorada”; “Kin Jon-un ameaça o ocidente”; “Jogou água fervendo no marido enquanto dormia”; “O Papa disse ou deixou de dizer...”.
 
  Deu para perceber? Esses tipos de notícias não acrescentam ou mudam coisa alguma. Então por que perdemos tempo com elas? Cada especialista tem sua explicação para o fenômeno.
  Antropólogos, sociólogos, cientistas sociais e políticos e psicólogos procuram uma razão para cada coisa que acontece. Esses caras estudam o comportamento social e garantem que estamos evoluindo. Será mesmo? A mim parece que vivemos em ciclos onde, quando uma forma de agir torna-se repetitiva, voltamos no tempo e retornam ideias e costumes que foram abominados e abandonados.
 
  Mas há um problema que impede uma conclusão acertada e definitiva. Nos diversos pontos do planeta adota-se a moral local, a ‘normalidade’ como é vista por cada povo. Os americanos, por exemplo, são permissivos – desde que suas estripulias não sejam descobertas. Para os árabes, a mulher é um ser de 2ª classe – será que não é? Judeus são fanáticos e só amam o dinheiro. Brasileiros só pensam ‘naquilo’. Indianos são politeístas, e possuem mais de 300 mil religiões e ‘apenas’ 4 castas.
 
  Conclusão: nunca vamos evoluir de maneira uniforme. Alguns povos retrocedem – quero dizer que trazem o passado primitivo de volta, preferencialmente em nome de Deus. Uma coisa que impressiona é que o mesmo povo comporta-se de maneira diferente, dependendo de onde reside: na capital ou no interior. Uma prova disso é a moda de vestir. Já ‘inventamos’ sandálias imitando os romanos do tempo do império, aquelas do tipo escrava. E o tal modelo ‘vintage’?
  A única certeza é que, apesar de termos medo de mudanças, adoramos uma ‘novidade’ – de preferência lançada por outros mais arrojados.  

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