Pois é, na nossa vida tudo acontece, inclusive e principalmente o imponderável. Nem o mais atrevido pai de santo ou vidente iria prever o que aconteceu com o Eike Batista. O Capeta espera que ele tenha aprendido a lição, e recupere parte de suas imensas perdas.
O SER HUMANO NÃO FALHA
Quando eu digo que não tenho amigos é por
saber o que poderia esperar deles: o pior. É mais fácil contar com alguém que
só conhecemos de vista. Estou falando de um assunto que, com 69 anos de vida,
conheço bem. Mas não estou querendo parecer bonzinho – deve haver muitos que
também se decepcionaram comigo, afinal, não sou nenhum santo.
Entretanto, creio não ser capaz de fazer
certas coisas que a maioria das pessoas faz: tripudiar sobre a desgraça alheia.
Quando estou com raiva, posso até mesmo ‘desejar’, momentaneamente, que o
causador do meu infortúnio se dê mal – mas isso é passageiro, sempre. E é
humano.
Pode parecer pedantismo, mas considero-me
acima do bem e do mal. Nada me afeta por mais de um dia. Ninguém me frustra,
porque não tenho sonhos. Para mim, o que vier é lucro. Quem sempre espera que
“algo” dê errado, tipo a Lei de Murphy, só pode ter surpresas boas.
Essa ‘conversa’ toda é para dizer que basta
de humilhar o Eike Batista. Ele já pagou pelos seus erros. Não importa se o
cara continua rico, coisa que ele sempre foi. Sei como se sente alguém que teve
seus sonhos evaporados. Não se deve praticar escárnio sobre quem agoniza.
Eike pode ter merecido o fracasso, mas
ninguém merece que a inveja censure em nome da virtude. A inveja, para quem não
sabe, é um sentimento que afeta irmãos aparentemente ‘unidos’ por uma amizade que
é considerada indestrutível. Afeta pais e filhos, grandes amigos, e todo tipo
de parente. Eles que disparam o tiro de misericórdia. Quase sempre. A mão que
afagou é a mesma que apedreja.
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