segunda-feira, julho 22, 2013

VOCÊ USA BENGALA?

Assim caminha o catolicismo. De incoerência em incoerência, logo chegaremos ao fim dos tempos.
 
     RELIGIÃO & FELICIDADE
 
   Felicidade, do jeito que a imaginamos, é como um orgasmo – dura poucos segundos. Buscá-la e ficar com ela é algo inalcançável para qualquer ser vivo. Tentar é perder tempo.
   Para uma vida feliz, não precisamos partir em busca de nada. Encontrar satisfação em pequenas coisas que nos cercam já é felicidade. Enquanto temos alguma perspectiva de realizar um sonho, somos ‘felizes’. Não pretendendo ser cruel, a felicidade é apenas a perspectiva dela própria.
   No Brasil, temos um ditado popular: “O melhor da festa é esperar por ela”. São os planos que nos dão alegrias. Concretizá-los nos remete a outros planos, visto que somos eternos insatisfeitos.
 
   Religiões foram ‘criadas’ pelo homem para explicar a si mesmo. Inconformados com o fato de que tudo tem um fim – especialmente a vida -, atribuem ao desconhecido (Deus) uma ideia de que viveremos para sempre. Acreditar que somos a intenção de algum ser superior é o maior dos devaneios. Nossa existência não se justificaria em si mesma.
   Na física, há uma teoria que afirma: “Na natureza nada se perde, tudo se transforma”.
   Ter uma religião não é pré-requisito para que sejamos bons, como não tê-la não vai nos tornar maus. Nem vou perder tempo tentando provar isso. É tão evidente, que basta pensarmos cinco segundos para que surjam dezenas de argumentos que comprovam que religião é hipocrisia. Cria-se metas inalcançáveis e fingimos que estamos “melhorando”, até que nossa farsa seja descoberta. Religião é a ‘bengala’ dos ignorantes.
 
   O que é assustador nisso é ver como somos enganados por nós mesmos. Ou como nos deixamos enganar – o que dá no mesmo. Precisamos da mentira para permanecermos de pé. A mentira nos torna fortes para suportar a vida como ela é.
   Tenho pena dos que fingem crer, pois acabam crendo no que não existe. É como a mentira, quando repetida inúmeras vezes torna-se verdade, até para o mentiroso.
   Por mais que evoluamos – ainda que demore milhares de anos, sempre haverá os que querem crer. Não consigo “ver” além disso.
 

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