FURTÔMETRO
Do mesmo modo que criaram o ‘impostômetro’,
que informa quanto de imposto o povo paga ao governo, a cada segundo, poderiam
fazer o ‘furtômetro’, que seria o quanto somos roubados por empresários e
políticos – esses dois sempre foram sócios em todas as falcatruas. Um precisa
do outro para subir na vida. Para isso, bastaria contabilizar as descobertas
feitas por órgãos como a Polícia Federal, o Ministério Público, os Tribunais de
contas, etc.
O único problema seria o grande número de
dígitos que seria necessário.
PUXA-SACOS
Um cálculo feito pelo IBEI – Instituto
Brasileiro de Estatísticas Incríveis, poderia provar que somos o país com mais
puxa-sacos do hemisfério sul. Quem teve acesso a esses números jura que
alcançam ¾ da população, ou seja, 150 milhões de pessoas. Militares bajulam
seus superiores; ministros e ocupantes de cargos nomeados bajulam quem os
nomeou, e assim por diante.
Mas não é só isso: o povo brasileiro bajula
por convicção. Nem sempre é por dinheiro apenas. Muitas vezes é por que gostam
de aparecer. Se você já assistiu um programa do gordão Jô Soares, sabe do que
estou falando. Tem gente que admite estar nervosinha por estar ali. E ele,
muito nojentinho, se delicia com essas declarações imbecis e fica, pegajoso,
agarrando as mãos e os braços desses idiotas.
Todo mundo ri do gordo e ele fica rindo de
todos – por dentro, é claro.
DINERS
CLUBE INTERNACIONAL
Eu sei que vai ser difícil acreditar no que
digo, mas peço ao leitor que faça um esforço.
Liguei para saber o número da minha senha
(venho fazendo isso a meses) para poder falar com eles ao telefone. Preste
atenção: senha para falar ao telefone e fazer qualquer pergunta que não
implicaria em nenhum segredo.
Finalmente compreendi (eu devo ser o burro)
que é preciso fazer um curso para entender como pedir alguma informação. Foi
quando me convenci de que não sou tão burro assim. Fui sendo apenas mais
esperto do que a idiota que me atendia, e acabei obtendo a informação que de
outro modo ia ser difícil.
Consegui saber se para ter direito a bônus
que me era atribuído, eu poderia receber, gratuitamente, a assinatura de uma
revista. A idiota perguntou se era assinatura anual ou semestral. Como eu sabia
quantos pontos possuía, disse-lhe que se fosse possível, eu ia querer anual.
Ela lamentou e respondeu que eu só poderia fazer semestral. Autorizei.
Para minha surpresa, ela informou que a minha
assinatura custaria 2.400 pontos, que me seriam descontados desde o momento.
Cansado de fazer tanto esforço mental, fui ver quantos pontos me restariam de
crédito. Agora você não vai acreditar mesmo: sobraram 2.717 pontos.
Deu para perceber? Eu tinha direito a
assinatura anual, mas fui forçado a aceitar a semestral, por um único motivo: a
imbecil não sabe fazer contas.
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