quinta-feira, julho 18, 2013

TRÊS RETAS UNIDAS NUM SÓ VÉRTICE

Einstein foi um gênio. Prestem atenção na equação que ele escreveu no quadro negro. Ah, e no resultado dela.


   OS VÂNDALOS, A POLÍCIA
  E OS MANIFESTANTES
 
   São três galhos de uma mesma árvore, unidos pelo vértice da burrice. O pior é que os vândalos estão levando a melhor. É uma guerra com três adversários, em que todos lutam contra todos e não está muito claro qual o objetivo que cada um quer alcançar. Aparentemente, apenas a polícia tem um líder, o qual não está sabendo liderar.
   Os outros dois lados são acéfalos e sabe-se apenas que estão insatisfeitos com ‘algumas’ coisas. Em toda guerra, os lados envolvidos cometem excessos. Sempre. Aqui ou em qualquer lugar do mundo.
 
   Manifestantes – Começaram reclamando das tarifas do transporte público, extraordinariamente caras pelo serviço que prestam – ou não prestam. O movimento cresceu e espalhou-se por todo o Brasil.
   Logo a garotada percebeu que havia muitas coisas erradas que precisavam ser ‘consertadas’. As pautas das reivindicações aumentaram e logo se descobriu que a sociedade era “subtraída em tenebrosas transações”. Os cartazes dos protestos demonstraram que os jovens destamparam um caldeirão que libertou todos os que até então ficaram calados. Até mesmo os velhinhos aposentados, submetidos à mais torpe humilhação.
   Educação, saúde, transportes, corrupção, roubo descarado, ineficiência dos poderes constituídos, tudo estava indo para o ‘buraco’. Não foi o governo do PT que começou a nossa queda. Acho que o Brasil iniciou sua trajetória em meio a um lamaçal, desde o descobrimento.
   O mérito do PT e do Lula, seu líder máximo, foi terem perdido completamente a vergonha, o pudor, e varrerem a moral que restava para baixo do tapete. Eles extrapolaram. E podia ser diferente? Não. A ignorância só pode trazer o radicalismo e a desgraça. Um ignorante (tipo o Lula), por mais ‘esperto’ que seja, só enxerga dois palmos diante do próprio nariz, ou seja, só vê o próprio umbigo.
 
   Os vândalos – Grupos de bandidos ‘infiltrados’ nas passeatas ordeiras e justas, que viram nelas a oportunidade de atuar com a cobertura de uma massa popular. Foram o mal que as autoridades não souberam cortar pela raiz. Teria sido relativamente simples. São marginais comuns que enfrentaram uma polícia ingênua e burra. E violenta. E cega. E incompetente. São bandidos que, expulsos(?) das favelas, estavam esperando o momento certo para agirem.
 
   Os Policiais – Dá pena. Ouvi o secretário de segurança Beltrame e o comandante da PM dizerem que “estão aprendendo a lidar com manifestantes e baderneiros”. Como aprendendo? Pensei que saber isso era  o básico do seu treinamento. Pior, juntaram os baderneiros aos manifestantes, como se fossem dois braços do mesmo problema. Incompetência nas ações e no julgamento.
   Houve uma reunião dos escolhidos para resolverem, pelo menos taticamente, o problema e esqueceram – não é brincadeira – de convidar o homem que chefia todas as polícias do Rio de Janeiro. Não é o máximo? Não, não é. O máximo foi esse poderoso chefão ter dado uma entrevista, humilde e com cara de bobo, na qual falou, muito triste, que “não compareceu porque não foi convidado”.
   A polícia não tem que ser ‘boazinha’ com esses marginais que destroem lojas, bancos, e quebram o que veem pela frente. Mas assisti vídeos de extrema covardia praticada por policiais contra pessoas sozinhas e indefesas, que procuravam era sair da confusão. Vi policiais jogando pimenta numa moça que estava só, sem poder se defender. São policiais? Não, apenas vestiam farda e davam vasão aos seus complexos.
   Uma outra coisa: se os marginais infiltram-se entre os manifestantes, a polícia devia ter feito o mesmo. Teriam tido o apoio de quem protestava com dignidade. Nossa ‘inteligência’ policial só existe no nome.
  
   O governador – Sérgio Cabral não é santo, mas é melhor que quase todos os governantes que tivemos nas últimas décadas. Estou falando do Rio de Janeiro. Está longe de ser o ideal, e seu maior mérito foi ter melhorado a vida nas favelas. Cometeu excessos em viagens que precisam ser investigadas, usou o helicóptero do governo para ir à Angra nos fins de semana, andou em más companhias e comportou-se em Paris como um adolescente. Acho que uma investigação benfeita iria trazer-lhe muitos problemas. Enquanto ela não vem, nada justifica pedirem sua saída do governo. Ele foi eleito e não lhe pesam acusações que justifiquem esse comportamento. Cabral deve ficar onde está.  
 
   Justiça - Abro um parêntese para falar um pouco da justiça. Todo vandalismo deveria ser inafiançável. Soltar os safados após ouvi-los é dar a certeza de que eles estarão presentes na próxima passeata.

 

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