O CAPETA E O PAPA
Todos sabem que sou ateu. Seria
surpreendente que não fosse. Confesso que continua minha crença na ‘não
crença’. Mas é com satisfação que admito estar surpreso com o papa Francisco.
Para mim, ele não representa Deus – já que não creio NELE.
Vejo-o como uma liderança mundial. Mas ele é
líder de quê? É líder dos bons exemplos, dos bons costumes, da decência, da
luta por um mundo melhor. Isso me deixa contente. É um caso raro em qualquer
meio, especialmente na igreja católica, repleta de maus exemplos.
Apesar de simpático, nunca confiei em João
Paulo II – sempre soube que ele estava representando os que assassinaram João
Paulo I. Do mesmo modo e pela mesma razão, não gostava de Bento XVI. Ele
renunciou por perceber que a igreja estava desmoronando. Não gostaria de ser
responsabilizado historicamente.
Mudei minha opinião sobre a Jornada Mundial
da Juventude, e também sobre a conveniência da vinda de Francisco ao Brasil
neste momento.
Esse papa é um iluminado. Até agora, e se
ele continuar assim, vai estar entre os grandes nomes da humanidade em todos os
tempos. Seria bom demais que ele fosse o tufão que varreria da face deste país
os neopentecostais – evangélicos que não passam de doentes morais. E torço para
que Francisco diminua a hipocrisia entre os católicos. Que aumente o seu
rebanho.
Continuarei ateu, mas qualquer ser humano
que ajude a mudar este mundo para melhor terá meu apoio.
As passeatas de protestos que começaram em
junho vão ficar mais conscientes da sua importância. Dessa forma, o papa vai
ajudar a mudar o Brasil. Pelo que estou vendo, mesmo que ainda com algum
ceticismo, nada será como antes. Assim seja.
Nenhum comentário:
Postar um comentário