ESQUEÇA 2014 – PENSE 2015
É exatamente assim que eu sinto. O novo ano
vai chegar, de fato, em 10 de março. É quando acabam os festejos, as
comemorações - só não sei bem o que se comemora, talvez a esperança de dias
melhores, como se o calendário pudesse produzir milagres.
Lamento dizer, mas exceto para quem acertou a
mega sena do final do ano, as coisas continuarão como estão. Provavelmente
piores. Nada muda, quero dizer, para melhor. Início de ano, verão, carnaval,
copa do mundo, eleições, e o ano terá
acabado antes mesmo de começar.
Este país é como uma grande multinacional:
não pode quebrar. As grandes empresas, você sabe, quando estão mal são
‘absorvidas’ por outras mais bem administradas. Reconheço que não é fácil
absorver um país do tamanho do Brasil. No máximo podemos entregar algumas
riquezas em troca de uma sofrida e duvidosa estabilidade econômica.
O que está faltando, então? Bem, falta muita
coisa, mas a principal é o fim do voto obrigatório. Sem ele, as coisas seriam
diferentes, e o partido que nos governa seria outro. Tenho, não duvide, bons
argumentos para defender essa ideia.
Pesquisas não dizem tudo, até porque podem
ser manipuladas, direcionadas para uma falsa ideia. Mas, as últimas pesquisas
demonstram que o eleitorado da Dilma está concentrado nos pobres e nos mais
ignorantes – sem a escolaridade mínima razoável para que seu voto seja
realmente a sua vontade.
Indo além, digo que nem os povos mais
evoluídos e civilizados votam 100% certo. Há falhas na democracia. Muitas. Povo
é como boi, um bicho mais burro do que o jumento. Qualquer barulho que o povo
não saiba explicar de onde vem, eles logo mudam de direção – exatamente como os
estouros de boiada que se vê nos filmes de cowboy.
Mesmo assim, custa-me crer que essa votação
seja realmente honesta. O programa de computador das nossas maquininhas de
votar é muito simples, fácil de ser adulterado. Tão fácil que até agora os
americanos não quiseram usar a nossa tecnologia – que nem é tão cara.
Nosso legislativo, na prática, vai parar –
por conta das eleições. O executivo, seja estadual ou federal, faz tempo que
não anda e não resolve. E o judiciário, fora o fato de ser extremamente lento,
acaba de ‘oficializar’ sua opção política. Então vamos comemorar o quê? 2014 é
‘natimorto’.
A turma que canta na foto acima é a turma do planalto. Para eles, pelo menos, o lucro está garantido.
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