quinta-feira, março 27, 2014

ENTENDA O QUE É O AMOR

O momento de mudar sempre chega para todos. O difícil é saber como contar que chegou a hora. O melhor é ir treinando desde o começo. 
 
 
 
  AMOR É O QUÊ?
 
  Muita gente séria nem acredita que ele exista, pelo menos não entre homem e mulher. O que chamamos de amor não passa de um sentimento de propriedade que temos por alguém que tem ideias próprias, e que nos dá trabalho manter sob, digamos, controle.
  A tolerância, tão necessária para que os casais continuem juntos, é uma concessão que fazemos para não correr riscos de perder o outro. Mas apenas enquanto nosso interesse em manter a relação é maior. Basta que alguém mais atraente (não me refiro apenas à parte física) nos sensibilize e se forme em nossa mente como uma possibilidade real de uma vida a dois melhor, e tudo começa a desandar. Lentamente.
 
  No fundo, estou tentando dizer que apenas o desejo e o interesse são capazes de tornar uma relação duradoura. Mas nada é para sempre. A vida nos surpreende com mudanças em situações que antes proporcionavam certa estabilidade emocional.
 Mas nosso gosto por certas coisas muda. Nosso senso estético se altera, assim como nosso paladar. Conforme amadurecemos, nossas preferências são constantemente alteradas, fruto de experiências vividas que nos marcaram – mesmo que nem tenhamos percebido.
 
  Se você discorda do que eu disse até agora, então, por favor, explique a causa do fim de um ‘grande amor’. Estou falando daquele amor pelo qual você seria – ou foi - capaz de fazer qualquer coisa, cometer qualquer desatino. OK, eu também não sei explicar, mas sei que funciona assim.
  Mesmo sendo ‘centrados’, todos esperamos dos parceiros algo que não sabemos como dizer ou mesmo nem sabemos que esperamos. Ninguém sabe exatamente o que quer e procura. Algumas afinidades vão surgindo com a convivência – coisas que nem sabíamos que nos agradariam.
 
  Sim, estou afirmando que nunca seremos capazes de prever como será nossa vida com outra pessoa. Instintivamente, o ser humano é um ‘expert’ na arte da dissimulação – sem a qual nunca haveria um mínimo de paz. Aprendemos, através de milênios, que dissimular é importante para a sobrevivência.
  Mas e o amor, onde fica? Não fica, pois o único amor que existe é o que sentimos por nós mesmos, pela nossa zona de conforto e satisfação. Fora dela, precisamos partir em busca da esperança utópica e inesgotável.
 
Antes que a relação acabe com você, melhor você acabar com ela. Nem precisa pensar muito, quando percebe o quanto você encolheu.

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