TEMPO PARA PENSAR
Os homens andam sem tempo. Ninguém aceita
mais qualquer rotina, tudo é novo e imprevisível. Nem bem conseguimos assimilar
os efeitos de uma nova tecnologia, e logo outra nos bate à porta. Desaprendemos
que esperar pode ser, além de útil, uma sensação gostosa, emocionante até. O
imediatismo tornou-se uma exigência da vida moderna.
Afinal, por quê tanta pressa? Aonde queremos
chegar? Ser precipitado tornou-se sinônimo de decidido. Decisões apressadas
podem significar escolhas equivocadas. A arte chinesa da paciência precisa ser
valorizada, restaurada. Estamos sempre ‘querendo’ algo com muita facilidade.
Isso acaba gerando ansiedade, que traz em seu cerne o estresse.
Aprendi a esperar, desde que compreendi que há
coisas que não podemos antecipar. Se você sabe que um determinado assunto não
será resolvido em menos de seis meses, ocupe seu pensamento com coisas que
andavam negligenciadas e mereciam maior atenção.
Devemos aprender a ficar sós. Não esqueço de
uma frase que li: “Uma grande ideia começa a ser fabricada na solidão”. Outra:
“Em média, 10 mil horas é o tempo necessário para se dominar algo, em qualquer
área”. Fazendo as contas, isso vai dar uns 2500 dias, com dedicação de 4 horas
por dia, sem intervalos – o que vai dar cerca de sete anos. Ou mais.
Ninguém pode acelerar a passagem do tempo. Um
minuto demorará sempre 1 minuto. Mas se estivermos ocupando nossa mente com
coisas boas e criativas, teremos a sensação de que o tempo passou mais
depressa. Numa viagem de automóvel, quanto mais depressa você for, menos coisas
verá pelo caminho. A vida é uma viagem que precisa da sua atenção.
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