quarta-feira, março 19, 2014

SÓ NÃO VÊ QUEM NÃO QUER

 
A censura tem várias faces, mas ainda assim continua a ser censura. Pior que ela, é quando um veículo que deveria combate-la, adere por motivos pecuniários. 
 
 
 
 

  SOBRE CENSURA
 
  Nem sabia por onde começar a escrever este artigo, muito menos se iria conseguir terminar. Não por falta do que dizer, mas pelo excesso de assunto.  Vou começar pela minha frase favorita: ‘Toda censura é burra e todo sensor é um panaca’ - sejam quais forem os seus motivos para censurar. Quem censura quer esconder algo de podre.
 
  Quando ocorre a censura? Quando pessoas conhecidas, que fizeram muito esforço para ficarem conhecidas, e ganham muito dinheiro por isso, não gostam de ouvir verdades, só elogios.
 
  Podemos comparar a censura com um camaleão, réptil conhecido por mudar de aparência para confundir seus agressores naturais. A ação de censurar também se utiliza de disfarces. A Rede Globo é mestra em disfarçar suas intenções. Oficialmente ela é contra qualquer proibição que fale a verdade, mas por dinheiro, por muito dinheiro, ela censura até a si própria. E não, isso não é uma atitude boa. Isso é contra os princípios éticos de quem pretende defender a ética.
 
  Quase não vejo televisão para assistir filmes; quando leio, leio para aprender sobre alguma coisa que me interessa; gosto de ler e ouvir opiniões inteligentes, desde que sejam livres. Vou falar sobre dois programas de tevê da emissora que estão ficando desinteressantes.
 
  Manhattan Connection – Dá pena assistir à rapaziada sem poder falar o que querem. Eles voltaram das férias assim, digamos, contidos. Isso foge às características do programa que estávamos acostumados a assistir. Quando eles falam sobre política brasileira é sempre de forma superficial. Como se não pudessem dizer o que pensam. Não notou? Pois observe.
 
  Programa do Jô – Há muito que oscila entre o razoável, o chato, e o muito chato. Desisti de assistir faz algum tempo. Exceto quando chegava o dia das “Meninas do Jô”, que eu não podia perder. Esta semana o gordo voltou das férias, e ontem foi dia das meninas. Que decepção!
  Elas pareciam estar tentando andar no meio de ovos que não podiam ser quebrados. Pairava no ar um cuidado todo especial para não falar mal da gestão da presidente Dilma, por causa das próximas eleições. Ela foi pintada como uma excelente pessoa com as melhores intenções, porém, vitimada por canalhas que a cercam. Foi antinatural e vergonhoso. O Jô ficou todo o programa com cara de idiota.
 
  Na minha opinião, esses dois programas foram censurados, por um acordo selado durante as férias. Tipo “toma lá, dá cá”.   

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