A censura tem várias faces, mas ainda assim continua a ser censura. Pior que ela, é quando um veículo que deveria combate-la, adere por motivos pecuniários.
SOBRE CENSURA
Nem sabia por onde começar a escrever este
artigo, muito menos se iria conseguir terminar. Não por falta do que dizer, mas
pelo excesso de assunto. Vou começar
pela minha frase favorita: ‘Toda censura é burra e todo sensor é um panaca’ -
sejam quais forem os seus motivos para censurar. Quem censura quer esconder
algo de podre.
Quando ocorre a censura? Quando pessoas
conhecidas, que fizeram muito esforço para ficarem conhecidas, e ganham muito
dinheiro por isso, não gostam de ouvir verdades, só elogios.
Podemos comparar a censura com um camaleão,
réptil conhecido por mudar de aparência para confundir seus agressores
naturais. A ação de censurar também se utiliza de disfarces. A Rede Globo é
mestra em disfarçar suas intenções. Oficialmente ela é contra qualquer
proibição que fale a verdade, mas por dinheiro, por muito dinheiro, ela censura
até a si própria. E não, isso não é uma atitude boa. Isso é contra os
princípios éticos de quem pretende defender a ética.
Quase não vejo televisão para assistir
filmes; quando leio, leio para aprender sobre alguma coisa que me interessa; gosto
de ler e ouvir opiniões inteligentes, desde que sejam livres. Vou falar sobre
dois programas de tevê da emissora que estão ficando desinteressantes.
Manhattan Connection – Dá pena assistir à
rapaziada sem poder falar o que querem. Eles voltaram das férias assim,
digamos, contidos. Isso foge às características do programa que estávamos
acostumados a assistir. Quando eles falam sobre política brasileira é sempre de
forma superficial. Como se não pudessem dizer o que pensam. Não notou? Pois
observe.
Programa do Jô – Há muito que oscila entre o
razoável, o chato, e o muito chato. Desisti de assistir faz algum tempo. Exceto
quando chegava o dia das “Meninas do Jô”, que eu não podia perder. Esta semana
o gordo voltou das férias, e ontem foi dia das meninas. Que decepção!
Elas pareciam estar tentando andar no meio de
ovos que não podiam ser quebrados. Pairava no ar um cuidado todo especial para
não falar mal da gestão da presidente Dilma, por causa das próximas eleições. Ela
foi pintada como uma excelente pessoa com as melhores intenções, porém,
vitimada por canalhas que a cercam. Foi antinatural e vergonhoso. O Jô ficou
todo o programa com cara de idiota.
Na minha opinião, esses dois programas foram
censurados, por um acordo selado durante as férias. Tipo “toma lá, dá cá”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário