MUDANÇA DE PLANOS
Estava programado que Jesus voltaria à Terra,
numa segunda tentativa de salvar os homens. Ele diria as mesmas coisas que já
disse há dois mil anos, pois a palavra de Deus é imutável.
Por recomendação do Francisco, seu
representante legal por aqui, decidiu que desta vez nasceria no Brasil, já que
não foi muito bem-sucedido no oriente médio, onde o pessoal continua brigando
muito.
Começou a preparar sua volta e quando
separava os discursos, um logo chamou sua atenção: o que falava que “Atire a
primeira pedra, aquele que estiver sem pecado”; havia, como todos, que ser
adaptado à língua falada pelos brasileiros.
Após reunir-se com os principais santos,
ficou deliberado que deveria mudar para “Atire a primeira pedra, aquele que não
for ladrão”, pois estaria sendo bem mais específico. Claro que essa não foi a
única mudança, mas sem dúvida era uma das mais importantes.
Avisaram aos três soberanos do pedaço – os
chefes do executivo, do legislativo e do judiciário, que deveriam, como os reis
magos, levar presentes para o Salvador. Quando a lista de “mimos” foi mandada
para aprovação no Céu, teve início a confusão. Um queria dar um envelope
contendo um vale-propina; outro ofereceu 12 ministérios; o terceiro ofereceu a
presidência da Petrobrás.
Para resumir: a viagem foi cancelada, e está
sendo escolhida outra nacionalidade para o ‘filho de Deus’, que desistiu de vir
como brasileiro. O Conselho Celestial, uma espécie de Conselho da Petrobrás –
porém mais atento, decidiu adiar a vinda da divindade à Terra por pelo menos
500 anos.
O Brasil mudaria a própria história da vida de Jesus. Teria que ser reescrita. Pelo Renan?
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