Enquanto a Espanha se debatia para escapar da crise, seu rei ia para um safari com a amante. Pior, matava elefantes, animais que o mundo tenta preservar.
SACRIFÍCIO
É COISA DE TROUXA
Sempre que leio sobre estarmos fazendo
algo que vai beneficiar nossos filhos ou netos, e quando para isso temos que
fazer sacrifícios enormes, pergunto se o futuro deles estará livre de problemas
por causa disso. Não conheço quem tenha a resposta. Desde que o mundo passou a
ser estudado, temos notícias de que cada geração tem seus problemas. Cada época
vem com suas doenças, carências e dificuldades, mas, até lá, o ser humano
disporá de novos mecanismos para combatê-las. A ciência, o conhecimento e a
tecnologia fornecerão a eles a munição necessária para enfrentar qualquer
coisa. De repente, um grande problema hoje será coisa corriqueira amanhã.
Talvez no futuro os homens tenham que
corrigir algumas rotas. Possivelmente abandonaremos um pouco as viagens
espaciais e nos dediquemos a explorar nossos mares, sobre os quais não
conhecemos nem dez por cento. É provável que uma viagem ao fundo do mar nos
custe bem menos que uma ida a Marte – com melhores resultados.
Nossa preocupação não deve ser o medo de faltar alimento, mas pesquisar
novas formas de produzi-lo. Se o petróleo acabar (coisa que não acredito),
tiraremos energia de outras fontes. O importante não é a tarefa, mas o foco
correto no que precisa ser feito. Impedir uma obra que nos será benéfica por
causa de um tipo de peixe que será extinto, é o mesmo que não namorar por medo
de levar um chifre.
Uma coisa em que acredito é que tudo que o
homem faz tem por objetivo o lucro pessoal. A ecologia como ideologia não me
convence. Seres humanos não são capazes de tanta generosidade. Aposto como há
muita gente ganhando rios de dinheiro com os tais projetos ecológicos. A
decisão de mudar o Rio São Francisco é apenas uma questão de lucro. Os
favoráveis à mudança, se vitoriosos, vão ganhar muito; o mesmo para os que são
contra. O rei da Espanha não diminuiu seu próprio salário por ser bonzinho; ele
quis agradar o povo porque ficou com medo de perder a vida mole.
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