segunda-feira, agosto 27, 2012

A FAÍSCA RUSSA

O 'buraco negro' é uma espécie de redemoinho espacial, que atrai planetas e estrelas que se aproximam dele inadvertidamente. As ditaduras são como 'buracos negros' .


ENTENDA A GLOBALIZAÇÃO

 
    Num mundo globalizado, o fenômeno consiste em uma ‘amplificação’ dos sons e dos odores. O pum que fede lá fede aqui. O grito que se ouve lá soa cá. Em verdade, em verdade eu vos digo: Nunca tantos federam tanto para tanta gente em tão pouco tempo. Está parecendo com uma frase conhecida? Se você lembrou o que Churchill disse, sua cultura não está tão ruim.
 
    As Pussy Riat são feministas russas que abraçaram o movimento ‘punk’ para melhor se expressarem. Deu certo. As moças chamaram atenção para sua causa, quando a burrice de um governo autoritário decidiu dar-lhes combate. Como todo tipo de autoritarismo, usaram o que se convencionou chamar de ‘força desproporcional’.  Só que – é bom não esquecer – o pum que o Putin solta lá, fede em toda parte. Imaginar que uma faísca não é capaz de causar um incêndio é o mesmo que acreditar que o amor traz paz.
 
    Faíscas causam problemas. O apartamento do colecionador de arte pegou fogo e destruiu peças insubstituíveis e matou um gato, começou com uma faísca no ar-condicionado. Uma outra faísca, prima da primeira, causou mortes e prejuízos financeiros por ter causado um incêndio numa refinaria venezuelana.
 
    O movimento (uma espécie de ‘buraco negro’) da globalização é consequência do avanço científico e tecnológico, que utiliza ‘força desproporcional’ para influir decisivamente nos hábitos e costumes das pessoas que habitam este planetinha insignificante. Se não consegui me fazer entender por alguns leitores, escrevam suas dúvidas que lhes darei uma explicação mais detalhada.

 

   

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