PUDOR & INOCÊNCIA
Dizer que um comportamento recatado é indicação de que a pessoa tem
pudor é um equívoco, provocado pela errônea interpretação do significado da
palavra, quando ligada ao sexo. Mais verdadeiro é o entendimento de que o pudor
é, no mínimo, compadre da hipocrisia.
A inocência exige a falta de pudor para poder existir. À medida que um
ser humano vai perdendo sua inocência – isso ocorre lentamente -, tem início a
preocupação de cobrir partes do seu corpo. É comum que esse comportamento
comece por simples imitação. Nesse caso, não se trata de pudor, mas de seguir
exemplos de pessoas mais velhas.
O entendimento, mesmo parcial, das leis da natureza, no que se refere à
procriação, e sua associação ao prazer sexual, é o gatilho que faz disparar as
tendências comportamentais de cada indivíduo. Sim, porque todos nascem com
tendências, ou índoles, como preferir. A educação que recebemos molda, em
parte, a nossa postura – ou seja, os sinais que queremos transmitir quando em
presença de outras pessoas. Toda
postura assumida, revela um pouco sobre quem somos e o que queremos. É uma
forma de nos comunicarmos sem o uso das palavras. Em muitos casos, o pudor não passa de uma
provocação que excita. É preciso saber interpretar cada gesto e cada olhar.
Para saber exatamente quando uma criança começa a perder a inocência, basta olhar
com atenção (principalmente na intimidade familiar) e ver sua preocupação em
“não mostrar” demais. Fotografias frequentes indicam essas mudanças.
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