UM JUIZ É APENAS UMA PESSOA QUE ENTENDE BASTANTE DE LEIS E QUE DIFICILMENTE JULGARÁ CONTRA SUAS CONVICÇÕES HUMANAS
MENSALÃO I
Ao que tudo indica, não vai
ser um julgamento fácil. Nos primeiros minutos do grande evento, uma pequena
faísca saiu de uma discordância entre os ministros Joaquim Barbosa, relator, e
o ministro Ricardo Lewandowski, revisor.
MENSALÃO II
Antes mesmo de feita a
denúncia, o advogado criminalista Thomáz Bastos (ainda não entendo o motivo da
letra ‘H’) levantou uma questão, já esperada, no que se refere à competência do
supremo para julgar a maioria dos réus. O que ninguém esperava era ter que
ouvir uma demorada e monótona aula de direito constitucional proferida pelo
ministro Lewandowski. Isso ocorreu após o presidente pôr em votação o
desmembramento solicitado pelo advogado de um réu.
MENSALÃO III
A votação mencionada acima,
iniciada pelo ministro Lewandowski, que não precisaria ‘tomar’ muito tempo,
estende-se por horas cansativas. O que parecia estar de conformidade com
decisões anteriores do STF. Acredito que nenhum outro ministro estaria tão bem
preparado para defender a solicitação de Márcio Thomaz Bastos. Parece (eu
disse, parece) coisa combinada, com dois objetivos: atrasar o julgamento, e
atrasar ainda mais o julgamento. Nem o Paulo Maluf, que tem memória de
elefante, guardaria tantos dados – alguns buscados no início do século passado.
MENSALÃO IV
Nem o apelo do presidente da
corte foi o bastante para que o ministro Lewandowski resumisse sua fala. Até este momento exato, a decisão está
favorável à continuação do processo do jeito que está – placar 4x1.
MENSALÃO V
O ministro Dias Toffoli está
justificando o seu voto, que, demonstra claramente que pretende se julgar apto
a participar do julgamento, independente de ser, por muitos, considerado sob
suspeição. O Capeta, como leigo, mas não burro, entende que qualquer lei não é
definitiva, e que tudo pode ser contornado, conforme haja dinheiro para pagar
um bom advogado.
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