quinta-feira, agosto 02, 2012

MENSALÃO : DE I A V

UM JUIZ É APENAS UMA PESSOA QUE ENTENDE BASTANTE DE LEIS E QUE DIFICILMENTE JULGARÁ CONTRA SUAS CONVICÇÕES HUMANAS



MENSALÃO I
Ao que tudo indica, não vai ser um julgamento fácil. Nos primeiros minutos do grande evento, uma pequena faísca saiu de uma discordância entre os ministros Joaquim Barbosa, relator, e o ministro Ricardo Lewandowski, revisor.


MENSALÃO II
Antes mesmo de feita a denúncia, o advogado criminalista Thomáz Bastos (ainda não entendo o motivo da letra ‘H’) levantou uma questão, já esperada, no que se refere à competência do supremo para julgar a maioria dos réus. O que ninguém esperava era ter que ouvir uma demorada e monótona aula de direito constitucional proferida pelo ministro Lewandowski. Isso ocorreu após o presidente pôr em votação o desmembramento solicitado pelo advogado de um réu.


MENSALÃO III
A votação mencionada acima, iniciada pelo ministro Lewandowski, que não precisaria ‘tomar’ muito tempo, estende-se por horas cansativas. O que parecia estar de conformidade com decisões anteriores do STF. Acredito que nenhum outro ministro estaria tão bem preparado para defender a solicitação de Márcio Thomaz Bastos. Parece (eu disse, parece) coisa combinada, com dois objetivos: atrasar o julgamento, e atrasar ainda mais o julgamento. Nem o Paulo Maluf, que tem memória de elefante, guardaria tantos dados – alguns buscados no início do século passado.


MENSALÃO IV
Nem o apelo do presidente da corte foi o bastante para que o ministro Lewandowski resumisse sua fala.  Até este momento exato, a decisão está favorável à continuação do processo do jeito que está – placar 4x1.


MENSALÃO V
O ministro Dias Toffoli está justificando o seu voto, que, demonstra claramente que pretende se julgar apto a participar do julgamento, independente de ser, por muitos, considerado sob suspeição. O Capeta, como leigo, mas não burro, entende que qualquer lei não é definitiva, e que tudo pode ser contornado, conforme haja dinheiro para pagar um bom advogado.


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