Nossa mente costuma ser parcial quando se trata do modo como nos vemos. A tendência é acreditarmos que somos melhores, mais bem-intencionados, mais justos, e mais bonitos e imponentes do que realmente somos.
ESQUISITICES DA MENTE
Nossa mente tem atitudes e reações
estranhas. É comum que, muitas vezes, ao invés dela nos obedecer, nós é que
obedecemos à sua programação pré-existente. Refiro-me àquelas ‘coisinhas’ como
DNA, impressões gravadas sem que saibamos, escolhas que não obedecem nenhuma
lógica, e emoções que não combinam com a educação que recebemos. Outra
convicção minha é que, salvo honrosas exceções, ela – nossa mente – não gosta
de trabalhar; cultua a preguiça como jeito de viver. Quando lhe exigimos uma
resposta, não gosta de raciocinar e nos responde com explicações simples, porém
inacreditáveis. Um exemplo disso é o famoso “Foi a vontade de Deus”.
Segundo o psicólogo americano Michael
Shermer, a crendice no sobrenatural geralmente nos ataca quando somos muito
jovens para discernir, ou muito velhos para querer raciocinar. Basta refletir
sobre os conhecimentos científicos que se explicam hoje, e que nos pareciam
divinos ontem. O que ainda não podemos explicar é apenas questão de tempo.
Mitos são diariamente desmascarados.
Entretanto, o psicólogo Shermer equivocou-se
ao responder ‘se levava em consideração a possibilidade de estar errado’;
Respondeu que “assim como todos, só descobrirei a resposta quando morrer”. Descobrirá
como? Caso não haja nada, ele estará morto e não vai descobrir coisa alguma. Se
houver... Bem, ninguém ainda veio nos contar coisa alguma. Desse modo, concluo
que crendices não passam de certa impaciência para descobrir respostas que
nosso conhecimento ainda não sabe dar.
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