terça-feira, abril 22, 2014

O QUE AS MULHERES QUEREM

Partindo da premissa de que amor é, em primeiro lugar, sexo, se você for mulher e quiser aprender mais, posso dar umas aulas particulares, num curso rápido de apenas duas aulas.


 
  O QUE ELAS PREFEREM?
 
  Hoje li dois artigos interessantes. Um falava sobre a preferência das meninas pelos boys da “esquerda festiva”, um termo comum nos idos da década de 1960. Pensei que essa ‘onda’ tivesse passado.
  O outro dizia que mulher gosta de pilantra, quero dizer, prefere homem que não seja ‘bonzinho’. É que bonzinho é sinônimo de chato, de bobo, de criatura sem a menor graça.
 
  Minha opinião? Bem, no primeiro caso, confesso que estou por fora, desatualizado. Pensava que esquerda era coisa superada, obsoleta. Usar camiseta com a cara do Ernesto Che Guevara ainda está na moda? Cruzes! Preciso me atualizar para falar sobre esse assunto.
 
  No segundo caso eu vou falar. Entendo um pouco dessa teoria que afirma que as mulheres gostam de cafajestes. Pode ser, mas há controvérsias. Uma coisa é certa: os homens pilantras são melhores no sexo. Mas o assunto não morre aqui. Há muito “se” para ser analisado. Nada é tão simples.
  Vou recorrer à Danuza Leão, a grande cronista do cotidiano, que disse mais ou menos isto: “O fogo da paixão apaga quando você se sente muito seguro(a) com relação ao seu parceiro(a). A dúvida estimula o desejo”. A dúvida ou o medo de perder?
 
  Não entenda, neste caso, ‘cafajeste’ como mau caráter. Estou falando do homem de quem a mulher sempre suspeita que tem – ou pode vir a ter – outra.
  Por outro lado, a recíproca é verdadeira. Quando o macho sente-se seguro de que nunca será traído, ele enjoa da mulher. Segurança demais é prejudicial à saúde do relacionamento. A segurança é mãe do descuido.
 
  É aí que a coisa pega. A sabedoria consiste em saber dosar. Não precisa que você provoque ciúme com o amigo do maridão. Isso nunca acaba bem. Paquerar a amiga da sua mulher também não é a atitude mais sensata. Cada um precisa saber que tem rato(a) querendo comer seu queijo – sem que seja preciso que você provoque, intencionalmente, o ciúme que causa mal-estar.
 
  Vou terminando por aqui, pois não dou aula grátis. Sabendo que meus leitores são mais inteligentes, estou certo de que entenderam meu recado. Caso contrário, melhor você ler as crônicas da Lya Luft – pois tenho absoluta certeza que ela nunca foi pilantra nem brincou de sexo. Só malandro pode ensinar malandragem.  

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