segunda-feira, abril 21, 2014

A CAIXA DE PANDORA

A mulher na foto ao lado é a famosa Pandora, que recebeu uma caixa que nunca deveria ser aberta. Só que Pandora era uma mulher, e, como tal, foi vencida pela curiosidade. Pela pequena fresta aberta, saem algumas desgraças, que fazem parte da vida de todos nós. O negócio é não abrir toda a tampa, por que aí...



  NOSSA VIDA É PREDETERMINADA?
 
  Acredito que sim. Os não tão lúcidos creem que Deus traçou nosso futuro, o que contraria a imagem Dele ser perfeito – afinal, a vida não é lá essas coisas. Os mais esclarecidos, mais realistas e pés no chão, sabem que ainda estamos evoluindo como raça animal.
 
  O pouco que sabemos sobre a genética é o bastante para mostrar que a formação de tudo que compõe nosso DNA é “arrumado” aleatoriamente. Não temos escolha. Depois, a família na qual somos ‘depositados’ também tem uma certa influência. Talvez até a famosa palmada que os médicos dão para desobstruir nossos brônquios, nos primeiros segundos de vida, possa ter sua participação, por exemplo, se seremos adultos calmos ou irritados. As variáveis são tantas, que é impossível prever como vamos atuar.
 
  Fora isso tudo, as experiências que acumulamos – algumas boas, outras nem tanto, também querem participar da festa. Ninguém nos conhece bem, nem nós mesmos, que não cansamos de nos surpreender. Dependemos da interpretação que damos aos fatos e, em matéria de interpretação, cada um tem a sua, e até mesmo quando são parecidas com as de outras pessoas, verá que há diferenças para as quais não atentamos.
 
  Somos, na verdade, uma ‘caixa de Pandora’. Pandora foi, para a mitologia grega, mais ou menos o que Eva foi, para nossa mitologia: a fonte de todas as desgraças do mundo. Ambas, tanto Eva como Pandora, muito curiosas, pagaram para ver. Nem Eva deveria ter mexido na maçã, nem Pandora deveria ter aberto sua ‘caixa’.  
 

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