"Não posso negar que eu posso quase tudo. Sou um 'cientista gênio'. Quer gostar de alguém? Quer odiar? Quer deixar de ter medo ou de ser nervoso? Eu posso. A única coisa que eu não posso é transformar você num cara inteligente. Se nem o seu Deus conseguiu..."
AMOR INTERROMPIDO
Não estou seguro que escolhi o melhor título
para explicar o inexplicável. Anteriormente eu disse – e repito – que o amor
entre um homem e uma mulher só existe se houver desejo sexual. Sem ele, não há
chance do sentimento ser contínuo e crescente.
Bem, nada é definitivo. Existe o amor ao
dinheiro do outro, que faz milagres em matéria de vínculos ‘emocionais’. Na
verdade, uma infinidade de razões compõe o que chamamos de amor. Dinheiro,
cultura, educação, instrução, sensualidade, algumas habilidades individuais, e
até mesmo quando pensamos que as projeções que fazemos sobre alguém estão
corretas. Nunca estão!
O que chamamos de amor é sempre imprevisível.
Seguimos um palpite e poderemos ou não contar com a sorte do acerto. É que tudo
interfere e interage com nossa relação com alguém. O máximo que alcançamos é
ter um palpite razoável sobre as probabilidades de algum sucesso. Com isso eu
quero dizer que pode durar mais ou menos tempo. Mas um dia acaba.
Estou lendo um artigo sobre conclusões de
alguns cientistas sobre o assunto. Chamou minha atenção a afirmação feita por
um professor, de que “Teoricamente, drogas poderão ser dadas às pessoas para
manipular seu amor por seus parceiros”. Li também que alguns cientistas propõem
“O uso de remédios e outras intervenções para ‘acabar’ com o sentimento quando
ele traz mais sofrimento do que alegria”.
O mais inacreditável é que estuda-se
inclusive o melhor modo de atuar sobre a memória, com o objetivo de interromper
a emoção do sentimento.
Felizmente há muitos outros cientistas que
condenam essas interferências indevidas. De fato, é uma extrema estupidez que
alguém comete contra si mesmo ao recorrer a esses medicamentos – sempre
acompanhados de efeitos colaterais inconvenientes.
Uma coisa que aprendemos sobre os psicopatas
é que eles são desprovidos de emoção – apenas fingem quando é necessário, para
que alcancem seus objetivos em geral ilícitos e sempre escusos.
Emoção não é uma coisa que se desligue com o
apertar de um botão. Somente o auto convencimento pode mudar o que está errado
– pelo menos é o que me parece ser uma forma saudável.
Depois, onde isso nos levaria? Um bandido vai
assaltar um banco e toma uma pílula para não sentir medo ou ficar nervoso? Que
absurdo! Mas é real.
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