THE END
Acabou, passou, terminou, the end. Felizmente.
Não quero ser do contra, mas a tal Avenida
Brasil já estava enchendo o saco. Saco de quem?, você perguntaria. De todas as
pessoas de bom gosto, que são bem poucas neste país de ignorantes. Francamente,
comparar o Divino com Ipanema é um pouco demais. Tentar convencer que é melhor
é o mesmo que dizer que Belém do Pará é melhor que Paris.
A família Tufão é algo inverossímil. A
‘última ceia’ da novela reuniu todo mundo que comeu todo mundo, sem o menor
constrangimento. Nem o Nelson Rodrigues imaginaria algo tão absurdo. Para
variar, o último capítulo foi como todos os últimos capítulos de novelas anteriores:
Uma merda!
Autores brasileiros não sabem escrever o
último capítulo. Eles são melhores escrevendo minisséries. Só a Rede Globo fez
a coisa certa: faturou em cima dessa classe de emergentes que não passam de
pobres coitados. Uma história dessas pode até acontecer, a cada mil anos. João
Emanuel Carneiro foi mais imaginativo que Sófocles. Que humilhação para as
tragédias gregas, que acabam de virar contos de fadas.
E que moral desvirtuada: uma vingança
psicótica que acaba bem – isso eu nunca vi nem li. A Nina pintou e bordou,
cometeu crimes, e ficou curada da sua doença. Carminha se emocionou ao ver o
neto, como se psicopata tivesse alguma emoção. Os capítulos dedicados à morte
do Max foram uma confusão só. Não captei a mensagem do divino mestre. O barraco
da mãe Lucinda era imenso; as pessoas corriam por corredores e se escondiam em
quartos como se fosse uma mansão no lixão.
As prostitutas do Cadinho decidiram morar
no bairro da Avenida Brasil como se suburbano aceitasse essas coisas. Até ‘casaram’
no clube local. O negão Silas, ao nascer, caiu num barril de açúcar. O malandro
era sempre a opção das mal amadas. Nunca, na história deste país, vi um lixão
assim. Alguém já viu lixão sem urubu? E pensar que a presidente Dilma cancelou
compromissos para assistir esse lixo.
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