Esse senhor da foto ao lado é apenas um dos muitos que estão saindo da sua empresa, por falta de estímulos adequados.
ZEFERINO ESTÁ DESMOTIVADO
Uma boa ideia quase nunca é valorizada
depois de dita ou mostrada. Chega a ser revoltante, mas tudo tem uma
explicação. O indivíduo que teve a ideia, não importando se foi resultado de
demoradas pesquisas ou se veio à sua cabeça de supetão, quase nunca recebe a
recompensa realmente merecida. Será sempre por maldade? Sempre não, pode ser
por ignorância. É que as boas ideias, que muitas vezes atraem lucros e
benefícios excepcionais, são muito simples – poderia dizer que são até mesmo
óbvias. Geralmente os dirigentes encaram a coisa da seguinte maneira: ‘Estava
na cara, como é que ninguém viu isso?’. Nesse momento de idiotia, decidem
premiar (ou não) o Zeferino de acordo com o grau de complexidade da solução, e
não com o raciocínio simples que aponta apenas na direção dos lucros que a
ideia ‘pobre’ pode trazer.
Fui testemunha de alguns casos desse tipo,
e posso garantir que dificilmente nosso Zeferino terá outra ideia brilhante e
valiosa. Ele ficou desmotivado. Muitas vezes o premiado recebe um envelope com
agradecimentos formais, com um cheque de R$50 anexado, apesar da ideia dele ter
trazido centenas de milhares de dinheiro economizado – que naturalmente é
revertido em lucro nos balanços.
Sequer Zeferino foi tratado como um
sujeito que teve a ‘sorte’ de ter tido uma boa ideia, mas como o primeiro que
pensou o problema – poderia ter sido até mesmo o faxineiro -, cuja solução
outra pessoa certamente iria descobrir, cedo ou tarde. Mataram a criatividade
de um funcionário que poderia ter tido outras ideias brilhantes. O valor do
prêmio? Só serviu para que os colegas rissem muito.
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