NA HORA DE DEITAR PARA DORMIR...
PAÍS DE LADRÕES
Todas as minhas teorias sobre o
comportamento humano estão provadas pela prática. Cada povo recebe uma
classificação de acordo com suas pronunciadas características. O Brasil é um
país de ladrões, e parece conformado com seu destino histórico. Aqui todo mundo
rouba, uns mais, outros menos. Os produtos preferidos? Tudo é roubável,
inclusive pensamentos e ideias. Os hospitais roubam e são roubados, remédios
para os pobres idem, bancos, celulares, tênis, músicas, computadores, escolas,
enfim, nada escapa aos amigos do alheio. O Capeta acha que a única coisa que
não se rouba por aqui são esposas, produto que os próprios maridos gostariam
que fosse afanado.
O SHAKESPEARE BRASILEIRO
Assistindo Gabriela pela TV, comecei a
pensar na sequência dos acontecimentos que encerram os capítulos da deliciosa e
realística trama do Jorge Amado. Concluí que tanto Shakespeare quanto Nelson
Rodrigues escreveriam a cena do flagra na hora da fuga do convento da seguinte
maneira: O coronel Justino atiraria no namorado raptor e acertaria a própria
neta; seguir-se-ia um tiroteio onde vários tombariam, inclusive a freira
‘dedo-duro’; feridos de morte, a netinha e o vovô se abraçariam e pediriam
perdão um ao outro e morreriam; Mundinho, o sequestrador, ficaria imóvel
olhando para o vazio e uma lágrima escorreria pelo seu rosto; depois disso, ele
seria eleito intendente e proibiria que namoros fossem proibidos.
O que estou querendo dizer é que tanto faz
ler Shakespeare ou Nelson Rodrigues. Os finais são previsíveis.
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