SEM VENCEDORES
A impressão que eu tenho, já não é de
hoje, é que nenhum partido pode ser considerado vencedor nestas eleições
municipais. Aliás, faz tempo que os partidos estão descaracterizados, sem
representar qualquer linha de pensamento. Muitas vezes, nem os candidatos
eleitos valem alguma coisa, como o caso do Tiririca e outros.
Matemáticos provaram que o povo elege ou
reelege alguém até por causa do resultado de um jogo de futebol, o que
demonstra a consciência política dos eleitores. Tá certo, vou esclarecer que
isso foi nos Estados Unidos, mas você duvida que no Brasil seja igual?
Em São Paulo, não foi o Haddad que ganhou,
foi o José Serra que perdeu. Lula ajudou? Ajudou, mas não foi decisivo. Serra
simplesmente foi rejeitado. Em muitas ocasiões, nosso culto eleitor resolve dar
um recado aos políticos sem pensar direito nas consequências. Essa foi a
intenção quando Lula foi eleito pela primeira vez.
Depois, compraram o eleitorado com as
diversas bolsas, e estavam comprando nossos parlamentares com um mensalão.
Assim como essa política de cotas garante os votos dos afrodescendentes e dos
preparados alunos das escolas públicas. A filosofia malufista do ‘rouba, mas
faz’ está orientando o pensamento dos nossos políticos, independente do partido
a que pertençam. Votar, no Brasil, é como comprar por impulso – quando você
adquire um produto pelo preço da promoção, sem considerar a real necessidade.
No caso, você é a mercadoria que está à venda. Tenho que aceitar a tese de que
o preço do eleitor está muito barato.
Um dia a casa vai cair. Espero que não
demore muito.
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