Não é fácil escrever sobre racismo. Trata-se
de um tema que cada indivíduo entende de modo distinto. Já ouvi que o
racismo norte americano é diferente do brasileiro. Também ouvi que racismo é
racismo e tudo é a mesma coisa, tanto lá como cá.
Todo ser humano evita muita proximidade com
seus dessemelhantes. Em geral, temos empatia por quem é “igual” a nós. Ainda
que as emoções humanas sejam as mesmas nos quatro cantos do planeta, há grandes
diferenças no modo de reagir e sentir. Um judeu sente amor como um não judeu,
mas não aceita pacificamente casamentos entre seus filhos e seguidores de
outras crenças. Os motivos? Podem ser genéticos, históricos, de ordem moral, ou
qualquer outro. Eles estão certos ou isso é racismo? Acho que eles estão
certos, que não é racismo. É um direito deles.
Não sei se o Brasil deve tantas desculpas
aos escravos. Na antiguidade, quase todos os povos tinham escravos, de todas as
raças. Fora o dado histórico já comprovado que os escravos africanos vendidos
aos navios negreiros eram prisioneiros de tribos “inimigas”. Eles próprios
vendiam seus semelhantes.
O que pretendo é defender o direito de
qualquer um gostar ou não de determinadas raças diferentes, sem entrar no
mérito de serem melhores ou piores. Tive amigo italiano que nada tinha a ver
com o Mussolini e cuja família foi hostilizada pelo fato de serem italianos.
Isso aconteceu no Brasil, e qualquer alemão ou japonês que viveu aqui durante a
segunda guerra sabe do que estou falando. A diferença está na atitude de cada
um. Simplesmente evitar é diferente de hostilizar; hostilizar é crime; evitar é
um direito.
muito inteligente o comentario do escritor.Parabens!!
ResponderExcluir