quarta-feira, março 28, 2012

E A BÍBLIA (NÃO) TINHA RAZÃO


    A BÍBLIA E A CIÊNCIA           

    Cientista é um indivíduo pouco confiável, que significa “Pesquiso, na esperança de que o acaso ajude”. Não é implicância minha. Se fossemos considerar tudo que os cientistas dizem a respeito do que faz bem ou mal para saúde, chegaríamos à conclusão que deveríamos estar mortos faz tempo.
   Houve um momento em que nos foram mostrados os perigos de sermos contaminados por esses ‘bichinhos que não conseguimos ver’ e que estão em toda parte – como se fossem deuses -, inclusive em nós mesmos. Nessa época, toda higiene era pouca para proteger um bebê. Em seguida, arautos científicos propagaram que essas mesmas crianças precisavam ficar expostas a algumas ‘sujeiras’, para criar anticorpos contra as doenças. Veio então uma publicidade que dizia, com outras palavras, que “criança com alguma sujeira era criança saudável”. O problema é que não fixaram o limite entre a sujeira recomendável e a perniciosa. Deveriam inventar um aparelho de pulso que medisse o quanto nosso filho pode ficar sujinho. A partir daí, banho no moleque.
   Quando eu falo de ciência, refiro-me a todas. Arqueologia é uma delas. Antigamente se dizia que “a única coisa que não muda é a história”, pois o resto evolui e se transforma – nem sempre para melhor.  Mas a arqueologia, amasiada com outras ciências tipo as físicas, biológicas, químicas, etc., decidiu que não iria ficar sem novidades. E começou a estudar mais sobre nosso passado.  A partir daí foi um ‘Deus-nos-acuda’. Nada do que parecia ter sido foi. Restauram hoje reputações acabadas e acabam com reputações endeusadas. Cada dia surge uma novidade que muda a história para sempre. Bom, pelo menos por um tempo, até surgir outra novidade sobre assunto.
   Antigamente, um território era quase intocável: a Bíblia. Afinal, era o livro que contava – entenda: eu disse contava – a história do Cristianismo e de Jesus Cristo, cujo verdadeiro sobrenome não era Cristo, não foi carpinteiro, não foi filho único, era da ‘classe média’, e gostava de pregar comendo. Quem se habilita a refutar essas afirmações arqueológicas? Entre as novidades bíblicas, consta que Jesus teve – não foi decisão dele – vários irmãos e irmãs. Das duas uma: ou o Espírito Santo gostou da “coisa”, ou a virgindade de Maria é conversa mole. Ele foi vítima do provérbio “Quem com ferro fere, com ferro será ferido”. O Messias pregou, pregou, pregou tanto que acabou pregado na cruz – que se fosse vermelha era sinal de que ele era comunista.
   Entre as ‘novas verdades’ que a arqueologia desenterrou, consta que naquelas bandas desabrochara um ‘boom’ imobiliário, que encheu de grana os bolsos do Papi José, que trabalhava com obras públicas. Comentam até que foi ele quem fundou a Gafisa, uma das donas da Barra da Tijuca. Descobriu-se também que Herodes não mandou matar as crianças com até dois anos de idade. Tudo mentira. Herodes, na verdade, pretendia ser sacerdote e treinava pedofilia. Essa a sua ligação com crianças, costume adotado até hoje.
   Outra coisa terrível: a mentira perpetrada por dois dos hipotéticos autores do livro negro, Lucas e Mateus. Acho que eles eram paraenses e insistem na história de que Jesus nasceu em Belém; falam também que ele pregou no monte das mangueiras, e não das oliveiras – um erro de tradução. Foi batizado na bucólica ilha do Mosqueiro.
   Barrabás não era nenhum bandido, pelo menos aos olhos dos judeus. Era um insurgente, contra a dominação da Judéia por Roma, que assassinava romanos sempre que podia. Numa boa analogia, dir-se-ia, nos dias atuais, que “Barrabás seria um dos líderes da resistência francesa contra a ocupação alemã”.  Se de fato ficar comprovado que os judeus escolheram Cristo para morrer, em lugar de Barrabás, foi porque estavam cansados dos comícios do Homem de Nazaré. Preferiam pegar em armas contra os invasores. Bem, finalmente – mas não definitivamente – vamos comentar sobre Maria Madalena, que pegou fama de ‘periguete’, mas era apenas a principal seguidora e namorada de Jesus. Há controvérsias, mas logo estará provado e a lógica prevalecerá. Jesus era muito macho. Se até os papas podiam casar até o início da idade média, por qual razão Jesus não poderia gostar da jovem?
   Eu não confio nos livros de história, e muito menos na Bíblia. Você confia?

  

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