Onde esse urso da foto vive, a neve está derretendo. Mas há lugares em que ela aumenta. Se não for preguiçoso, vai procurar esses lugares. Melhor ele parar de ler jornais para não ficar em pânico. A imprensa gosta de sensacionalismo, controvérsias e conflitos. São o que faz aumentar a venda de jornais. Os homens não gostam quando a desgraça é pouca.
O CLIMA E A IMPRENSA
Como tudo na vida, basta ter paciência e
boa vontade para conseguir ver o que poucos enxergam ou percebem.
Para variar, as manchetes dos noticiários
continuam as mesmas, escandalosas, que induzem ao erro de entendimento. Quando
o assunto é “as mudanças do clima e do tempo”, basta ler as entrelinhas, coisa
para peritos – já que a grande maioria dos brasileiros não sabe interpretar um
texto. O objetivo é alarmar, pura e simplesmente.
Escolhemos o tema “tempo/clima” por
tratar-se de fenômenos que afetam a todos, em maior ou menor grau. Mas há
muitas outras notícias que chamam atenção, apesar de nada mais causar comoção.
Tudo é comum.
Quando eu era quase criança, uma mocinha
que estava num apartamento para onde foi levada por um rapaz de nome Ronaldo
Xavier de Lima, caiu de um andar alto e morreu. Se a memória não me falha, o
fato ocorreu em Copacabana. Não se sabe se foi atirada ou jogar-se foi a única
saída para evitar a ‘curra’. O assunto levou anos para esfriar. Hoje, uma
menina é violentada e assassinada, mas a comoção e o interesse duram poucos
dias. A barbárie é mais aceita neste século.
Voltando ao clima na Terra, não sei se ele
está mudando. Há controvérsias. Nos bastidores dessas notícias, pode-se
detectar, com certa dificuldade, inúmeras multinacionais que estão lucrando com
a credulidade e o medo das pessoas.
Você já notou que quando ocorre uma
catástrofe - tipo um enorme furacão, um tornado imenso e destruidor, temporais
com ventos de velocidades incríveis, enchentes que afetam cidades e regiões, ou
secas que duram meses e até mesmo anos, secando rios e açudes -, a ‘manchete’
vem sempre assim: “Há sessenta anos não se vê algo igual...”. No meu
entendimento, isso significa que sessenta anos atrás isso já aconteceu, na
melhor das interpretações, de intensidade igual, tão devastadora quanto a
atual. Outras catástrofes são sempre acompanhadas da comparação
‘intensidade/tempo’, e ficou comum anunciar que há 100, 40, 20, ou dez anos não
se via tanta devastação.
Mas então... Tudo que estamos presenciando
já aconteceu antes, igual ou pior. Nosso planeta está constantemente sofrendo
mudanças e alterações climáticas, desde quando a visão da ciência alcança. A
diferença (?) é que, por causa das comunicações instantâneas, estamos sabendo
de tudo o que acontece em todo lugar, ao mesmo tempo. A outra possibilidade é
que estamos ‘ferrados’. O máximo que o homem conseguiu até hoje foi proteger-se
das intempéries da natureza. Vencê-la? Jamais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário