VOCAÇÃO
RELIGIOSA NÃO EXISTE
É falso. Não é mais do que uma invencionice,
um enredo mal contado, mal explicado, conveniente para evitarmos ser julgados.
Vocação religiosa é uma forma de sairmos pela tangente quando a vida nos
apronta uma armadilha desagradável.
Textos antigos mostram que era (ainda é)
comum que uma decepção amorosa nos levasse ao sacerdócio. O genial poeta
português, Júlio Dantas, nascido em 1876 e falecido em 1962, aos 86 anos,
escreveu com brilhantismo sobre o tema. O Capeta recomenda a leitura do livro
“A Ceia do Cardeais”, escrita em 1902, quando ele tinha apenas 26 anos.
Trata-se de uma ‘obra-prima’ da literatura mundial – fácil de ler e entender.
Essa não era, contudo, a única motivação
para a vida monástica. Existiam e existem razões que estão escondidas tão fundo
em nossas mentes, que muitas vezes não sabemos (ou não queremos) entender.
Assim fica mais fácil levar a vida. Uma outra razão que leva uma pessoa a
seguir a carreira religiosa é que ela proporciona inúmeras vantagens. Confira:
Um padre não passa fome e sempre tem onde morar. Sua educação formal é
excelente e, por que não dizer, gratuita. Qualquer um pode deixar de ser padre
quando quiser (muitos o fazem), e sua cultura e conhecimentos garantirão sua
vida profissional, seja como professor, escritor, ou mesmo outras. Alguns ficam
até muito ricos, mesmo sem largar a batina.
Pense quantos padres existem hoje que vêm de
famílias abastadas. Talvez apenas um em cada milheiro. Ser padre é também uma
forma de garantir, no futuro, uma vida sem miséria. Estou mentindo?
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