A cantora ARETHA, em fotos de ontem e hoje. Lembro que a menina era uma coisinha fofa, que distribuía simpatia por onde quer que passasse.
O Capeta torce por você.
NA MORAL DA FAMA
O programa apresentado pelo Pedro Bial é
interessante. Não se aprofunda em nada – nem poderia, pois só dura 30 minutos.
Tenho dúvidas se deveria ser mais longo. Creio que não, pois os convidados não
têm qualidades para sustentar um ‘papo cabeça’. Entretanto, os temas são bons e
nos fazem refletir.
Assisti o último, que abordava a fama.
Quem é, quem gostaria de ser, e quem já foi famoso. Ouvi as palavras da Aretha,
cantora quase desconhecida que já teve seus dias de glória. Ela começou menina,
era uma gracinha. Filha do então famoso Antônio Marcos, já falecido e da
cantora Danusa, que teve dias melhores. A moça falou com todas as letras que
gostaria de fazer sucesso novamente. Não lhe dão chance. Esse problema é comum
entre crianças que fizeram sucesso e foram filhas de pais famosos. Deveriam ter tido, nos bons tempos,
acompanhamento psicológico que os preparasse para uma possível futura
frustração.
Uma frase dita por Aretha mexeu comigo.
Foi “eu me sabotava”. Essa reação é mais comum do que se pensa – além de ser
real. Não sei exatamente por que ocorre essa autopunição, mas imagino se isso
não acontece quando achamos que o mundo foi injusto conosco e merecíamos sorte
melhor. Não fomos treinados para lutar. Esperamos que nos devolvam as
facilidades que tínhamos e agora nos negam. Perder o que se teve é mais duro do
que a luta para conquistar, por mais árdua que seja.
A fama traz prazer e maldição, mas em
qualquer dos casos, deixa saudade. Saudade de quando nos tratavam como gente
importante e nos concediam privilégios. Para escapar dessas armadilhas da vida,
precisamos nos voltar para outros interesses, que compensem com lucro, o que
perdemos. Para que isso ocorra, precisamos encontrar novos prazeres
intelectuais. Qualquer coisa que envolva criatividade é um bom começo.
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