sábado, setembro 01, 2012

É BOM SER FILHO DE FAMOSOS?

A cantora ARETHA, em fotos de ontem e hoje. Lembro que a menina era uma coisinha fofa, que distribuía simpatia por onde quer que passasse.
O Capeta torce por você.
 
     NA MORAL DA FAMA
     O programa apresentado pelo Pedro Bial é interessante. Não se aprofunda em nada – nem poderia, pois só dura 30 minutos. Tenho dúvidas se deveria ser mais longo. Creio que não, pois os convidados não têm qualidades para sustentar um ‘papo cabeça’. Entretanto, os temas são bons e nos fazem refletir.
     Assisti o último, que abordava a fama. Quem é, quem gostaria de ser, e quem já foi famoso. Ouvi as palavras da Aretha, cantora quase desconhecida que já teve seus dias de glória. Ela começou menina, era uma gracinha. Filha do então famoso Antônio Marcos, já falecido e da cantora Danusa, que  teve dias melhores. A moça falou com todas as letras que gostaria de fazer sucesso novamente. Não lhe dão chance. Esse problema é comum entre crianças que fizeram sucesso e foram filhas de pais famosos.  Deveriam ter tido, nos bons tempos, acompanhamento psicológico que os preparasse para uma possível futura frustração.
     Uma frase dita por Aretha mexeu comigo. Foi “eu me sabotava”. Essa reação é mais comum do que se pensa – além de ser real. Não sei exatamente por que ocorre essa autopunição, mas imagino se isso não acontece quando achamos que o mundo foi injusto conosco e merecíamos sorte melhor. Não fomos treinados para lutar. Esperamos que nos devolvam as facilidades que tínhamos e agora nos negam. Perder o que se teve é mais duro do que a luta para conquistar, por mais árdua que seja.
     A fama traz prazer e maldição, mas em qualquer dos casos, deixa saudade. Saudade de quando nos tratavam como gente importante e nos concediam privilégios. Para escapar dessas armadilhas da vida, precisamos nos voltar para outros interesses, que compensem com lucro, o que perdemos. Para que isso ocorra, precisamos encontrar novos prazeres intelectuais. Qualquer coisa que envolva criatividade é um bom começo.
    

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