Quem faz um discurso deve ter credibilidade, como a senhora da foto ao lado. Ela não gosta de se gabar, mas é a verdadeira mãe do Pinóquio. Até agora ainda me arrepio só de lembrar as coisas que ela prometeu no discurso proferido dia 6 de setembro
O DISCURSO DA ESTADISTA
Ontem ouvi o discurso da Dilminha pela
televisão. Bonito, mas não sei quem escreveu. Foi um discurso político. Sabe
como é... As eleições estão aí. Ela deve ter ensaiado um bocado, para não
tropeçar nas palavras. Gostei do que ouvi, e aprendi muito. Descobri que o céu
do Brasil é cor-de-rosa. Em onze minutos ela resolveu todos os nossos
problemas. Enquanto o STF liquida com a alta cúpula do PT, ela mostrou que seu
partido não tem defeitos – pelo menos os grandes. Roubaram um pouquinho, mas
isso não é nada se comparado às maravilhas realizadas pelo Liz Inaço.
Fiquei impressionado como em apenas onze
minutinhos ela conseguiu esquecer de falar sobre o caos da saúde pública, das
nossas estradas intransitáveis, nossas ferrovias apodrecidas, e um desonesto
sistema tributário. Mas tudo vai ser resolvido, já que a conta da luz vai
(será?) baixar. Eu sei, vai ser só ano que vem, mas devemos ter fé. Para
completar, usando o termo presidencial culto, “torrou” a nossa paciência.
Não foi mencionado que os 200 milhões de
dólares emprestados a fundo perdido para Cuba – ilha com enorme potencial – vão
ser bastante úteis para pagar as hospedagens dos prováveis asilados, caso a
turma do mensalão tenha que cumprir pena de prisão.
Enquanto assistíamos a narrativa do
progresso futuro (estamos ferrados), ela não esqueceu de falar mal do melhor
presidente que o país teve nos últimos 60 ou 70 anos, Fernando Henrique
Cardoso. Não sei se fiquei estupefato
com as promessas, ou com a cara dura de quem as prometeu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário