SEXO DEVE SER FEITO SEM AMOR?
Andei pensando quem teria iniciado esse
movimento que diz que sexo só deve ser feito com amor. Ou foi um romântico
poeta broxa, ou uma religião qualquer. Imagine o Rei Salomão com suas trezentas
mulheres; ele devia ter um secretário para anotar as que faltavam ser ‘usadas’
no ano corrente. Depois de uma visita real, a concubina ficava 299 dias se
embelezando para o próximo encontro. Haja amor!
Meu amigo Pascácio, o ingênuo que de vez
em quando dá uma dentro, pergunta se, no caso da masturbação, o ser amado é a
nossa mão, ou o órgão a quem compete nos dar boas sensações. Imagine uma carta
de amor dirigida à um vibrador: “Meu querido, desculpe não ter trocado sua
bateria. Foi um descuido que não vai se repetir, eu prometo”. Mas aí, isso não
pode ser considerado sexo sem amor? Outra dúvida coerente na argumentação do
Pascácio é: Um onanista convicto é fiel a uma só imagem?
Outro amigo e colaborador, Clarindo
Benevides, o debochado ébrio, quer saber se quem ama o seu proctologista, ama o médico ou o dedo do médico? Nesse caso,
terá o apaixonado preferência por um dedo em especial? Ou o cara é infiel e, ao
chegar para a ‘consulta’, vai logo avisando: “hoje eu vou ‘ficar’ com o
indicador, ouviu doutor?”. Convenhamos que este assunto é por demais complexo
para que possamos tratar de cada caso em tão poucas linhas.
Quase ia esquecendo. Thomas, o inglês mais
carioca que conheço, ama a beleza, qualquer beleza. Ele jamais sentiu amor por
uma mulher, apenas pela beleza dela. Na novela “Gabriela”, o coronel Jesuíno
ama apenas o buraco negro. Pelo que está insinuado no folhetim, nem assim ele
deu um só beijinho no ser amado.
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