quinta-feira, setembro 06, 2012

A VERDADE

Para existir, a verdade teria que ter uma só face. A realidade é que, no mínimo, ela se divide em duas: a minha e a sua. Ambas são mentirosas e obedecem interesses pessoais.



    KRISTEN STEWART
     O Capeta é solidário com a pobre moça, afinal, pular a cerca é a coisa mais natural que há; quem ainda não pulou, vai pular. Decência não tem nada a ver com a ‘traição’ cometida. Infidelidade sexual não passa de ato praticado pela maioria, com maior visibilidade no meio artístico – inclusive ou principalmente aqui no Brasil. Errado está quem exige fidelidade, que vai contra a natureza humana. Transar com outros não quer dizer que seja um comportamento desleal para com quem amamos. Kristen teve o azar (sempre ele) de ter sido flagrada. Se fossemos nos importar e conhecer o passado das pessoas, sentiríamos desprezo por todos os amigos e parentes. Até por nós mesmos, quem sabe.

 
     FIDELIDADE OU CONVENIÊNCIA?
     Não estou falando especificamente de sexo. Falo em fidelidade de modo bem mais amplo. Só há fidelidade quando há interesse. Nossa moral é de conveniência, em qualquer lugar do planeta. O Supremo Tribunal Federal está condenando os réus não apenas por eles serem culpados; O ‘colegiado’, como eles se intitulam, está apenas preservando sua sobrevivência, do mesmo modo que o Congresso quando aprova leis que vão contra o seu corporativismo. Melhor perder os anéis e ficar com os dedos. Oscar Wilde, o grande pensador inglês perseguido e preso por ser homossexual (século 19), cunhou esta frase que pode servir de referência para entender o comportamento hipócrita das pessoas: “Cínico é quem vê as coisas como são, em vez de vê-las como deveriam ser”. No fundo, somos todos cínicos.

 
     ADMINISTRADORAS OU GESTORAS?
    Mulheres são boas gestoras e não tão boas administradoras. Como gestoras de seus próprios filhos, são insubstituíveis – por enquanto. Como administradoras de qualquer coisa, são péssimas. Se você quer saber como eu cheguei a essa conclusão, experimente morar numa casa com quatro mulheres de gerações diferentes, situação econômica diferente, e culturas diferentes. Lembre-se que cada ser é único. Tudo funcionará como na casa do Tufão, personagem da novela “Avenida Brasil”, onde ninguém se entende. Outra coisa é o processo decisório delas, que perde em pragmatismo e ganha em argumentação. Não é à toa que – só para dar um exemplo – nos Estados Unidos da América, apesar delas serem as donas do dinheiro, a grande maioria dos administradores dessas fortunas são os homens. Há exceções.

 

 

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