sexta-feira, setembro 14, 2012

RUTH DE AQUINO

Família poliafetiva, moderna e feliz. Prepare-se para viver essa realidade.



       RUTH DE AQUINO E OS DIFERENTES

     Ao escrever artigo sobre “casais” com três ou mais membros – de gêneros variados – a nossa querida Ruth de Aquino, conhecida por seus textos muito bem elaborados e, portanto, melhores que os meus, aborda o assunto de forma concisa (e cuidadosa), como exige um texto de uma página. Mesmo assim, ela aborda os índios (que nunca exigiram fidelidade), os gregos da antiguidade, os gays (tão comuns nos dias atuais), deu uma rápida passada na “Avenida Brasil”, onde todo mundo é de todo mundo. ‘En passant’, troca o termo “poligamia” por “famílias poliafetivas”, do mesmo jeitinho dado pelo PT para falarmos sobre pretos chamando-os de “afrodescendentes”.

 
     Ela poderia ter mencionado os nordestinos, em especial os da caatinga, que até hoje praticam essa avançada forma de família. Lá, procurando você encontra “de um tudo”. Tudo bem que as leis não permitem, mas as leis podem ser atualizadas, conforme os costumes – pelo menos é o que diz o ‘direito’. E os costumes indicam que está chegando a hora de fazer mudanças. No momento atual, percebe-se que essas famílias diferentes vão ‘acontecendo’ naturalmente, sem uma organização planejada. Quando isso for legal (pode crer que vai ser), os problemas vão continuar existindo, mas é aí que entram os advogados – um mal necessário.

 
     Hoje em dia, dizer “minha família” não quer dizer nada, ou quase nada. Pode ser muitas coisas. Nenhum de nós tem a noção exata do que é família, desde o final do século passado. Família virou um quebra-cabeça. Já pensou chegar ao interior do norte ou do nordeste, onde existem mais casos do tipo, e dizer pro caboclo que a família dele é poliafetiva? Você morre na hora. O caboclo é honrado e não iria admitir que alguém ofendesse a família dele. (sic)


     Haverá muita resistência até que o anormal vire normal. Alguém se lembra da luta do deputado Nelson Carneiro para que o divórcio fosse aprovado? Quando finalmente foi, havia regras restritivas para dificultar quem aderia à novidade. Hoje basta ir ao cartório e sai de lá divorciado.  Pode casar no dia seguinte até – se for doido. No entanto, o Capeta acredita que essas mudanças não vão demorar muito para serem legalizadas. Tomara. Eu não nasci para ser fiel sexualmente.

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