É HORA DE MUDAR TUDO

   UM MUNDO NOVO

   A vida de jornalista está difícil, monótona.  Nada acontece – de novo, quero dizer. O mundo está perdendo a graça, não empolga mais ninguém com mais de quarenta anos. Corrupção já é tema ‘batido’ e, portanto, enfadonho; novas pesquisas científicas perderam credibilidade e interesse – todas só terão utilidade quando estivermos mortos; crise econômica e declarações de economistas nada acrescentam – exceto desesperança; moda virou esculhambação de costureiros que não gostam de ser chamados de costureiros; nutricionismo e dietas vão e vêm do mesmo jeito que moda; política é a mesma coisa ‘suja’ de sempre; Até mesmo mulher nua, famosa ou não, é tema corriqueiro e banal; sustentabilidade e aquecimento global já encheram o saco. Esgotou-se a criação de Deus. É o momento de destruir tudo e deixar que o Diabo invente um mundo novo, mais agradável e interessante.

   ESTÁ TUDO ERRADO!

   O homem (leia-se: ser humano) foi mal planejado. A vida só é boa até os 40. Boa boa, não é, mas, pelo menos, somos tão ignorantes que acreditamos que vai melhorar. Essa crença começa a desaparecer a partir daí. Aos 60, aprendemos como agir – mas nosso corpo não responde e, para piorar, descobrimos que nossa mente ficou preguiçosa. Descobrimos que não vale a pena lutar e nos sacrificar por nada. Tudo que temos ou guardamos com carinho vai virar pó. Agora compreendo que muitos grandes sábios tenham se suicidado. Eles amadureceram.

   PSICOPATAS FELIZES

   Isso mesmo: eles são felizes. O motivo é a ausência total de emoções. Não gostam, não odeiam, não sentem remorso, nunca sofrem, alegram-se com o sofrimento alheio, não conhecem a tristeza, e seguem seus instintos, em qualquer direção que eles apontem.  

   FIDELIDADE SEXUAL

   O sexo é talvez a única coisa que valha a pena praticar em qualquer idade. A 3ª melhor coisa que existe no mundo, é sexo mal feito; a 2ª é sexo mais ou menos bem feito; a 1ª é sexo profissional, ou seja, com muita loucura e luxúria. A mais infeliz invenção do homem-branco foi a fidelidade conjugal. A morte do desejo sempre ocorre antes da separação do casal. É o sinal para pular fora do barco.