domingo, setembro 28, 2014

SOMOS TODOS DOENTES MENTAIS


Todos nós aparentamos o que não somos, para impressionar nossos interlocutores. Nossa aparência muda conforme o momento, a circunstância, que o contexto sugere. Isso é loucura? Pode ser. 




    DOENÇAS MENTAIS

  Assim como nosso corpo carrega uma infinidade de bactérias que não vemos ou sequer percebemos, nossa mente também guarda informações positivas e negativas extraídas da nossa vivência ou observações.
  Como eu já disse anteriormente, nosso cérebro é preguiçoso. Mais preguiçoso do que gostaria de admitir. Pensar dá trabalho e demanda tempo. Piorou um pouco neste século, quando queremos respostas imediatas para nossas dúvidas. Apertamos um botão e diversas coisas começam a funcionar, como a luz, o som e a imagem, e até respostas que nem sempre são adequadas. Tudo é planejado para não nos dar trabalho algum. 

Aí surgiu a psicologia com seus especialistas, pretensos ‘resolvedores’ de problemas alheios. Psicanalistas são pagos para pensar por nós, tanto individual como coletivamente. Estes últimos, se travestem de cientistas sociais, sociólogos, antropólogos, etc. Mas nem eles têm todas as respostas. Há dez dias das próximas eleições presidenciais, nenhum ousa dizer quem sairá vitorioso.
  Hoje mesmo ouvi uma entrevista com um desses ‘gênios’ do comportamento, em que o entrevistador pediu que fosse traçado o perfil dessas pessoas que ocupam prédios abandonados e/ou terrenos desocupados e sem uso. A resposta primeira foi que “é gente pobre”. Ora, isso é o óbvio ululante, como diria Nélson Rodrigues. Acaso algum rico vai-se juntar aos sem-teto para invadir qualquer coisa que sirva de moradia? 

  Esses psicólogos, particulares ou sociais, têm como tarefa descobrir o que nos afeta o comportamento. Alguns conseguem identificar as razões da nossa instabilidade emocional, outros nos deixam mais confusos. Em toda categoria profissional, existem os bons e os ruins. 

  Estou convencido de que, no universo de cada um, somos todos doentes – com menor ou maior gravidade; ou seja, agimos na base do piloto automático. É que aí está a origem do famoso “desculpa, falei sem pensar”. O problema é que a depressão é a doença que surge neste novo milênio, espalhando-se como se fosse um vírus. As estatísticas apontam que somos 300 milhões de depressivos no planeta. Não confio nessa conta. Não duvido que sejamos quase 3 bilhões em todo o mundo. Somente esse gigantesco número pode explicar o quase caos em que vivemos.

  O tempo que dedicamos à reflexão é cada vez menor. Estamos sempre com pressa. Agimos com a emoção à flor da pele. Isso é ruim. Emoções intensas não são boas conselheiras.  


Quando dizem que 'fulano' tem um parafuso solto não estamos certos. Em geral, temos vários parafusos fora do lugar.

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