A cena ao lado é real, e serve para mostrar como os pais educam seus filhos. Vivemos numa época em que é complicado explicar a moral que deve ser adotada em família.
ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE
Cada pessoa tem uma explicação para o
comportamento dos jovens. Eles possuem atualmente uma educação formal mais
completa, o que não impede que sejam bastante mal educados, com atitudes de
adolescentes até depois dos 30.
Em defesa dos ‘velhos’, posso garantir que
não foi esse o caminho que escolhemos para eles. Quando éramos jovens, a vida
era mais previsível e com menos altos e baixos. Era mais fácil entendermos o
mundo. Não que não houvesse surpresas, mas elas eram mais raras. Conseguíamos
traçar um caminho e segui-lo, coisa quase impossível nos dias atuais. Essa
história de “tenho que ser feliz a qualquer preço” não é real, principalmente
porque não sabemos o que é felicidade. Ser feliz é não percebermos que o somos.
Jovem contesta tudo, embora não entenda nada
sobre coisa alguma. Resumindo: todo jovem, com ligeiras variações, é um babaca.
Jovem tem receio, mas não medo. Eles não conseguem prever o futuro, quando o
futuro está-se inclinando para um certo lado. Quando Castro Alves escreveu o
“Navio Negreiro”, estava contando o que iria, no futuro, acontecer nas prisões
brasileiras, onde todos vivem e moram como bichos.
Nem todo jovem é idiota, como nem todo velho
é imbecil. Mas não pretendo comentar as exceções. Somos, em qualquer idade, o
somatório do nosso DNA e suas conexões imperfeitas; da educação - formal ou familiar, assim como da interpretação que
fazemos do que é a vida caótica que vivemos.
Uma pequena reflexão pode demonstrar que o
mundo caminha com as pernas que possui, sem direção ou coerência. Acho mesmo um
verdadeiro milagre que ainda consigamos algum entendimento entre os 7 bilhões
de humanos que povoam o planeta, cada com suas crenças, absurdas ou não.
Vivemos a
crise do que é certo ou errado, numa tentativa de convencer que certos somos
nós e errados são os outros, que pensam diferente. Nossas convicções são
baseadas em experiências vividas ou observadas, somadas à formação defeituosa
das nossas conexões cerebrais. A dúvida é se a Terra terá tempo de vida suficiente
para que possamos ficar melhores do que somos – isso levará milhões de anos.
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