segunda-feira, setembro 08, 2014

O QUE É PATRIOTISMO?

Não consigo compreender a razão de 7 de Setembro ser comemorada com desfiles militares, com demonstração de força e poderio feita por por robôs que sequer pensam por si mesmos. 



   CIDADANIA E PATRIOTISMO

  Cidadão é o sujeito que, por condição de nascimento, pode exercer alguns direitos e deve cumprir certas obrigações para com a comunidade em que nasceu.
  Patriota é a pessoa que coloca os interesses do local onde nasceu acima de todos os outros. Bem, é assim que essas palavras são entendidas ou explicadas – o que não quer dizer que tenhamos que concordar com elas. Há controvérsias.

  Tanto o cidadão como o patriota, bem no fundo do seu pensamento, busca ter alguma relevância ao ser julgado pela posteridade, ou mesmo usufruir de alguma vantagem material ou reconhecimento filosófico.
  O que estou tentando mostrar é que o mais importante é a satisfação pessoal de cada indivíduo. Não existe ideologia divorciada de interesses. Quando um animal demarca seu território ele pode não pensar em riqueza como a entendemos, mas certamente raciocina nessa direção, ao tentar preservar para si e seus familiares uma subsistência mais rica para matar a sede e a fome.

  Eu não sou um patriota, reconheço, ao aceitar, mesmo que em pensamento, qualquer nacionalidade que me permita viver melhor. A França e outros países, recentemente sentiram na própria carne, ao elevar impostos e perceber que muitos milionários, para preservar suas fortunas, optaram por mudar de cidadania.

  Ao abrir o jornal O Globo de ontem, percebi que na primeira página, ao contrário de anos anteriores, não havia sequer uma menção ao fato de ser dia em que a independência deveria ser festejada. Houve, acredite, uma pessoa das minhas relações que telefonou para perguntar o que era 7 de setembro. Bem, fora a demonstração de ser mal informada, fica patente que não estamos ‘nem aí’ para a data. Isso prova que somos patriotas de araque, e que somos, acima de tudo, apenas humanos que procuramos viver bem. Para isso, qualquer lugar serve – exceto o oriente médio e arredores.
  O próprio grito de “Independência ou Morte” foi, com toda certeza, o momento em que interesses pessoais do imperador assim o exigiram. Mas há quem sustente que o grito nem tenha ocorrido, apenas o ato da proclamação.


  No pensamento moderno, acreditamos que temos a obrigação de sermos felizes. Não considero como obrigação, apenas um instinto natural, como acontece com os animais que demarcam territórios.   

Nenhum comentário:

Postar um comentário