O amor é a sublimação da paixão. É o momento da vida em que mais estamos próximos do ódio - outra emoção inútil.
A CONSTRUÇÃO DO AMOR
Primeiramente são os ensaios, ou, eu poderia
dizer, os projetos que criamos em nossa mente. Eles nascem dos nossos desejos
sem fundamentação consciente, numa idade em que nada sabemos sobre a vida.
Nossos primeiros amores surgem por impulso, numa tentativa de preencher espaços
que julgamos vazios.
Os pilares do amor são feitos de expectativas
falsas. Todo mundo espera algo de alguém. Algo que não têm para dar.
Expectativas são projetos feitos sem um estudo apurado. É como dar um golpe do
baú em alguém que nos ‘parece’ ter muito dinheiro. Só parece. “As pessoas nos
responsabilizam por suas expectativas e quando, inevitavelmente, as frustramos,
elas se revoltam contra nós”.
O amor nasce de uma esperança que não se
concretiza. Um sonho de quem acredita que “tudo que reluz é ouro”. Não é. O
amor desperta em nós o desejo de ter o que não está a nosso alcance – ou
simplesmente não existe.
Amar é sentir o prazer no seu apogeu, que
logo entra em declínio É como a vida que, ao começar, já está acabando. O preço
do amor nos é infinitamente caro, como explica Nélson Rodrigues com sua
sabedoria nua e crua, sem enfeites ou hipocrisias. Não existe amor sem
lágrimas. Lágrimas de dor, de sofrimento.
Vargas Vila, o grande e esquecido autor
Colombiano (maldito pela igreja) disse que “o homem que ama é um conquistador
vencido por sua conquista”.
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