terça-feira, setembro 02, 2014

O AMOR É UM 'TOMA LÁ, DÁ CÁ'


O amor é a sublimação da paixão. É o momento da vida em que mais estamos próximos do ódio - outra emoção inútil.



  A CONSTRUÇÃO DO AMOR

  Primeiramente são os ensaios, ou, eu poderia dizer, os projetos que criamos em nossa mente. Eles nascem dos nossos desejos sem fundamentação consciente, numa idade em que nada sabemos sobre a vida. Nossos primeiros amores surgem por impulso, numa tentativa de preencher espaços que julgamos vazios.

  Os pilares do amor são feitos de expectativas falsas. Todo mundo espera algo de alguém. Algo que não têm para dar. Expectativas são projetos feitos sem um estudo apurado. É como dar um golpe do baú em alguém que nos ‘parece’ ter muito dinheiro. Só parece. “As pessoas nos responsabilizam por suas expectativas e quando, inevitavelmente, as frustramos, elas se revoltam contra nós”. 

  O amor nasce de uma esperança que não se concretiza. Um sonho de quem acredita que “tudo que reluz é ouro”. Não é. O amor desperta em nós o desejo de ter o que não está a nosso alcance – ou simplesmente não existe. 

  Amar é sentir o prazer no seu apogeu, que logo entra em declínio É como a vida que, ao começar, já está acabando. O preço do amor nos é infinitamente caro, como explica Nélson Rodrigues com sua sabedoria nua e crua, sem enfeites ou hipocrisias. Não existe amor sem lágrimas. Lágrimas de dor, de sofrimento.

  Vargas Vila, o grande e esquecido autor Colombiano (maldito pela igreja) disse que “o homem que ama é um conquistador vencido por sua conquista”. 

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