A menininha da foto operou o cérebro. Alguma coisa mudou dentro de sua mente. Mas há outras maneiras de fazer um implante de memória. A sugestão é uma delas.
IMPLANTE DE MEMÓRIA
Uma frase que causou algum sucesso entre bem
informados: “Acredite apenas na metade do que vê, e em nada do que ouve”.
Parece estranho, mas tem explicação. Sabe quando você entrou em casa e viu sua
mulher no chão, debaixo do encanador? Não estou pedindo para você acreditar,
mas ela apenas escorregou e se agarrou no braço do rapaz, que caiu por cima
dela. Não se preocupe com o fato de ele ser bonitão até demais. Isso é apenas
um detalhe. Deu para entender? Nosso cérebro é muito preguiçoso, e não gosta de
analisar todas as possibilidades. É como quando acreditamos em um boato cujo
objetivo e difamar alguém; é mais fácil acreditar do que investigar.
Por causa da preguiça, um dos pecados
capitais, nossa mente nos engana constantemente. A tal ponto que uma mentira
que contamos muitas vezes acaba sendo considerada verdade. Fora os casos em
que, ainda muito pequenos, nos contam uma história que, acontecida ou não, é
ouvida em cores e sons. A imaginação infantil acredita em quem confia. Nossas
mães conseguem implantar lembranças de fatos que nunca assistimos, ou jamais
teríamos condição de recordar, pela idade. Eu fui vítima de muitas dessas
‘lembranças’, que só descobri que eram falsas quando li sobre o assunto em
artigos de psicologia. A verdade saiu do inconsciente e emergiu no mundo real.
Nem sempre essa forma de implante tem como
objetivo nos enganar, mas todos sabemos que “quem conta um conto, aumenta um
ponto”. Um dos contos do grande Machado de Assis aborda o assunto com certa
profundidade. Assim, posso afirmar que nem todas as suas lembranças são
realmente lembranças. Foi mais fácil para nosso cérebro simplesmente acreditar
no que ouvimos.
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