Todos os homens, em algum momento de suas vidas, verga-se ao peso da cobiça. Ter mais, sempre mais, é um desejo que nos acompanha desde o nascimento.
LIÇÃO PARA APRENDER COM O CASO ZARUR
Ninguém - quando eu digo ninguém é ninguém
mesmo - deve ocupar um cargo ou função de chefia de qualquer natureza no
serviço público por mais do que 5 anos.
Estou falando desde a presidência da
república ao chefe do ‘serviço de arquivamento de informações inúteis’ de
qualquer instituição.
Em certos casos, o prazo máximo não deveria
exceder 1 ou 2 anos. Vou explicar: A excessiva familiaridade entre poder e
função exerce muita influência e desperta ideias na mente do ocupante do
“cargo”, o qual descobre os caminhos para usufruir pessoalmente de alguns
benefícios ilegais. É muita tentação.
Todos temos um lado bom e um lado mau. Não
se pode facilitar situações em que o lado mau tenha oportunidade de se
expressar. Zarur ficou 60 anos à frente da Santa Casa e deu no que deu:
roubalheira desenfreada.
Lula ficou 8 anos na presidência. Bastaram
os três primeiros para ele e sua turma mostrarem disposição para exercitar seu
lado ruim.
Fernando Henrique Cardoso foi um caso
excepcional: se ele saísse com 4 anos, o Brasil não teria domado a inflação
descontrolada. Era preciso completar a execução do Plano Real. Foi uma decisão
onde só havia 2 opções: o ruim e o pior.
Lula deveria ter sido cassado quando se
descobriu o mensalão. Creio que a necessidade do país de sedimentar a
democracia conquistada recentemente foi decisiva para que ele permanecesse no
cargo. Foi um erro de avaliação. Todos os civis que ocuparam a presidência
desde José Sarney – exceção feita a FHC – foram ladrões reconhecidos, que
continuam tendo influência decisiva nos destinos do país.
Estamos descendo uma ladeira e não se
consegue fazer o freio funcionar; é a ‘força da cobiça’, que é hercúlea. Nossas
passeatas de manifestações gigantescas não podem dar trégua à bandalheira
generalizada que assola o país. É pena que sejamos um povo tão ignorante.
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