A SIMPLICIDADE DO ATO SEXUAL
Ninguém aprende sobre sobre sexo na
monogamia. A frase pode ser considerada forte pelos mais conservadores, mas é
isso mesmo. Mulheres que tiveram apenas um ou dois parceiros durante a vida,
geralmente desconhecem os caminhos do prazer.
O motivo é simples: parceiros variados
contribuem para a boa percepção e satisfazem mais. Isso ocorre porque o desejo
nasce na mente; em cada parceiro, uma reação diferente e uma nova descoberta.
Esse é o princípio dos swingers, que às vezes esbarra – como tudo na vida, no
inesperado.
Eu jamais poderei ser fisicamente fiel. Nunca
fui, e aceitei o fato desde sempre. É questão de tempo. Não se pode determinar
regras para o comportamento sexual, tipo “você é minha” ou “só minha”, ou mesmo
“até que a morte nos separe”.
Não dá para controlar pensamentos, que voam com certa liberdade. A maior dificuldade é mudar as ideias que aprendemos desde sempre. Paradigmas são passíveis de flexão conforme nosso pensamento evolui. Uma ideia custa para ser mudada, mas qualquer mudança traz recompensas.
O primeiro passo para uma relação saudável e
compensadora é saber e querer falar, dizer o que e como gostamos de certas
coisas. Contar o que já fizemos. Eu sei que é difícil agir assim; precisamos
ter confiança – mais em nós mesmos – de que estamos certos, do que nos
parceiros. A grande maioria dos casais jamais confessou os desejos mais
íntimos. Têm medo de decepcionar.
É preciso ter em mente que o que desperta o
desejo numa pessoa não necessariamente desperta em outra. Nosso cérebro bate
fotos durante a vida, e separa as que mais gostou. São precisamente essas que
provocam a excitação total. Ninguém jamais vai tirar fotos iguais às suas.
Seguindo o ‘mapa’ da evolução, encontraremos o tesouro.
Uma culpa de tudo de errado que acontece é
das religiões, que afirmam serem os filhos a grande motivação do sexo. Eu
defendo a ideia de que é exatamente após os filhos que a relação se deteriora.
Pior, é por causa deles.
No sexo, a 'grande sacada' é a liberdade de nos
expressarmos. Na vida sexual, não há espaço para ter vergonha. Aliás, vergonha
de quê, eu pergunto? Moral só existe quando os seres humanos determinam, em
geral por conveniências, qual é o certo e o errado. A igreja católica proíbe os
padres de casarem, alegando que eles não podem ter em mente nada além do
serviço que escolheram fazer por toda a vida. Ninguém decide ser de uma maneira
por toda a vida. É incompatível com o nosso DNA. Tudo muda. Nada permanece
igual ao que foi. Os padres não casam para que a igreja seja a herdeira dos
seus bens, já sabemos disso.
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